JU E GABO
Juliana é filha de uma amiga minha dos tempos de faculdade. Minha amiga e família imigraram para os Estados Unidos quando os filhos eram ainda adolescentes. Juliana não devia ter mais de 13 anos. Permaneceram lá, como ilegais, durante alguns anos, até que, aos poucos foram conseguindo o Green Card. Hoje ainda estão todos por lá. Os filhos faziam serviços como cuidar de crianças, de pets, manutenção de jardim e faxina. Juliana, Ju para os de casa, foi baby sitter e recepcionista de restaurante.
Entretanto, todos tiveram o bom senso de estudar e isto lhes deu emprego legal e estabilidade. Primeiramente, foram para uma pequena cidade no Condado de Broward, Flórida.
Ju, mais tarde, mudou-se para New York. Jovem e bonita, conheceu Gabriel, um filho de porto riquenhos nascido na Big Apple e tendo, portanto, a cidadania americana. Se tivesse nascido naquele país teria o mesmo status pois Porto Rico é protetorado americano. Seus pais, católicos, lhe deram nome de anjo mas na intimidade é chamado de Gabo.
O jovem alistou-se no exército e fez significativa carreira, participando de missões no exterior. Ju e Gabo casaram-se e permaneceram morando em NY. Hoje Gabo está na reserva por ferimento em combate. É um veterano e conserva sua farda e insígnias que usa quando há alguma comemoração.
Como faz muito frio em New York no inverno, o casal costuma vir passar os meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro no Brasil onde aluga uma casa ou apartamento, de preferência no Nordeste. Eles costumam vir também a Curitiba, terra natal de Ju. Da última vez em que aqui estiveram, tive o prazer de receber sua visita.
De conversa em conversa, me contaram que cada vez que voltam ao Brasil trazem muita bagagem. Não só para a longa estadia mas Ju enche algumas malas com roupas novas, tênis, perfumes, acessórios para celular e computador e aqui os vende por preços bem significativos, tirando um bom lucro.
O que eu não sabia é que, para evitar a revista na alfândega, Gabo vem fardado, exibindo as insígnias e mostrando que é membro do exército americano. Até agora têm passado incólumes pela Imigração e se divertem ao contar-me a estratégia.
São ousados é verdade! E se a maré mudar? Fico eu a pensar... Podem perder tudo ou ter que pagar os impostos correspondentes. Gabo pode até provocar um incidente diplomático, não é não?
Usei nomes fictícios para não expor suas verdadeiras identidades.
Juliana é filha de uma amiga minha dos tempos de faculdade. Minha amiga e família imigraram para os Estados Unidos quando os filhos eram ainda adolescentes. Juliana não devia ter mais de 13 anos. Permaneceram lá, como ilegais, durante alguns anos, até que, aos poucos foram conseguindo o Green Card. Hoje ainda estão todos por lá. Os filhos faziam serviços como cuidar de crianças, de pets, manutenção de jardim e faxina. Juliana, Ju para os de casa, foi baby sitter e recepcionista de restaurante.
Entretanto, todos tiveram o bom senso de estudar e isto lhes deu emprego legal e estabilidade. Primeiramente, foram para uma pequena cidade no Condado de Broward, Flórida.
Ju, mais tarde, mudou-se para New York. Jovem e bonita, conheceu Gabriel, um filho de porto riquenhos nascido na Big Apple e tendo, portanto, a cidadania americana. Se tivesse nascido naquele país teria o mesmo status pois Porto Rico é protetorado americano. Seus pais, católicos, lhe deram nome de anjo mas na intimidade é chamado de Gabo.
O jovem alistou-se no exército e fez significativa carreira, participando de missões no exterior. Ju e Gabo casaram-se e permaneceram morando em NY. Hoje Gabo está na reserva por ferimento em combate. É um veterano e conserva sua farda e insígnias que usa quando há alguma comemoração.
Como faz muito frio em New York no inverno, o casal costuma vir passar os meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro no Brasil onde aluga uma casa ou apartamento, de preferência no Nordeste. Eles costumam vir também a Curitiba, terra natal de Ju. Da última vez em que aqui estiveram, tive o prazer de receber sua visita.
De conversa em conversa, me contaram que cada vez que voltam ao Brasil trazem muita bagagem. Não só para a longa estadia mas Ju enche algumas malas com roupas novas, tênis, perfumes, acessórios para celular e computador e aqui os vende por preços bem significativos, tirando um bom lucro.
O que eu não sabia é que, para evitar a revista na alfândega, Gabo vem fardado, exibindo as insígnias e mostrando que é membro do exército americano. Até agora têm passado incólumes pela Imigração e se divertem ao contar-me a estratégia.
São ousados é verdade! E se a maré mudar? Fico eu a pensar... Podem perder tudo ou ter que pagar os impostos correspondentes. Gabo pode até provocar um incidente diplomático, não é não?
Usei nomes fictícios para não expor suas verdadeiras identidades.