Raimundo
Raimundo era responsável, trabalhador, inspirador e atento. Nada passava despercebido pelos seus olhos.
Ele dava aula em uma Escola, cujo era seu papel como trabalhador. Era Professor de História e muito pouco confiante em seus alunos, porém, sempre determinado a ensina-los como aprender. Raimundo já era velho, e dava aula a bastante tempo naquela Escola. Seu melhor prazer era ensinar o que havia aprendido, e ver seus alunos aprendendo e fazendo-lhe perguntas sobre devido assunto. Não era fácil distrai-lo de ensinar, porém depois de muitas tentativas ele se rendia e iniciava conversas prolongadas e aleatórias com seus aprendizes. Contava-lhes histórias da vida, do seu tempo de criança e de como as coisas eram diferentes antes do mundo virar o que é. Eram Historias únicas e emocionantes que só se poderia ouvir de um homem como ele.
Anos de vida se passaram, e sabia ele que a morte estava sentada a alguns metros dali com um binoculo nas mãos a observa-lo.
Enfim ele se aposentou, teve como troféu uma emocionante despedida de seus alunos, que lhe exoneraram as lagrimas. Finalmente estava ele livre para viver a vida, para celebrar cada esforço e dedicação que ele havia tido. Para curtir o final de semana com seus amigos e irmãos. Para viajar para onde desejasse. Foi então que percebeu que poderia ter vivido mais, sem depender de se aposentar para isso.
Naquele final de tarde de Segunda-Feira nunca lhe pareceu tão tarde para viver. E naquele mesmo dia ele recebeu um convite para um festival de dança. Ele vestiu-se elegantemente com a sua melhor roupa. E chamou a morte para ser seu par.