O CASO ESTRANHO
Em meio ao silêncio daquele tarde só quebrado pelo sussurrar do vento entrando pela janela, dona Anastácia dormia tranquila no sofá da sala.
De repente, a casa pareceu vir abaixo com as batidas que soavam como se estivesse um trator derrubando as paredes.
E foi aquele plof.. plof... plof...
Dona Anastácia massageava a cabeça, tentava se levantar, mas as pernas amoleceram o que era aquilo meu Deus!- Pensava a velha pela primeira vez amedrontada. Tentava gritar a voz não saia e como pedir socorro ao marido que cuidava do pomar nos fundos da casa.
Quando os tombos pararam, ela conseguiu se levantar e correr para a porta da cozinha, coitada escorregou nas patas do cachorro que roncava e deu um grito tão alto que o pobre saiu gemendo.
O marido chegou correndo, pegou um gel e começou a massagear a perna da mulher toda roxa e gemia de dor.
- O que aconteceu?- ainda bem que por sorte eu estava por perto. - Disse o marido preocupado.
Dona Anastácia gritou- Cuidado! Enquanto o marido olhava apalermado para a mulher com aquela cara de espanto como se estivesse visto um fantasma ou algo pior.
Até que Anastácia conseguiu falar que lá fora tinha um barulho que parecia derrubar a casa.
O marido olhou para os lados, deu a volta na casa como se esperasse ver um monstro que segundo a mulher fez estremecer a casa.
Ao voltar para a cozinha encontrou a mulher tremendo abraçada ao próprio corpo como se defendendo do perigo.
- Não tem nada de estranho lá fora. Disse o marido.
- Então acha que estou ficando maluca! Gritou Anastácia.
O marido com toda paciência do mundo disse:
- Então venha ver, eu ajudo você até a frente da casa, Mesmo com medo ela se sentia protegida pelos braços fortes do marido.
- Veja! É apenas o vizinho derrubando aquela árvore velha que fica bem no meio da estrada.
Irá Rodrigues