Um refúgio!
Lá no alto daquela montanha distante
Existe uma casinha singela e bonita
Feita de pau a pique amor e carinho
O telhado é todo feito de palha seca
As paredes pintadas de branco
Janelas só existem duas e abertas.
Uma para o vento trazer saudade
E a outra para aliviar os meus aís...
Lá tudo é calmo e sossego tem demais.
Um pé de laranja lima no pomar, meu sonhar.
Um poço meio profundo para agua limpa beber
Um varal onde penduro meus sonhos impossíveis
E por dentro muito lindinha, tem sim carisma;
Um sofá de um só lugar, para que mais?
Lá ninguém chega para prosar,a porta é aberta!
A cama foi feita de madeira rustica, peroba.
Um colchão, esse sim, com penas de ganso.
Os animais ali estão soltos e se chegam, pássaros!
Tem o pato “sr.cardoso”, bom de papo, mesmo som.
A galinha “Gabriela”, muito tagarela depois da postura.
Sempre aparece um gatinho, não sei o nome,
Mas, o chamo de meu “mimo” e ele atende miando.
Um dia se der na telha derrubo tudinho de machado
E volto para a cidade grande e quem sabe? Acontecer.
Poderei até um amor encontrar, mas, assim tá bom.
Assim é o meu viver nessa minha cabana bonita,
Onde tristezas não entram e muito menos desgraças.
Toda feita de carinho e muito afeto pelo chão,
Se deres vontade não fiquem no desejo, façam,
Venham aqui cirandar por meu jardim florido,
Belas rosa amarela, embora goste muito de trepadeira.
Tem muitas ervas no chá e também mandioca da boa.
Se quiseres um pouco de carinho e afeto também,
Não se avexe suba devagar que teremos muito tempo
Para tudo poder acontecer até cultivar a saudade.
Pois que saudade não se mata, se cultiva de montão.
Espero-te lá e venha com seu carinho, não se preocupe.
Arrasto uma cadeira e tudo de bom poderá ser falado.
Não tem energia só é clareada pela luz do luar e das estrelas.
Mas, não venha com sono não, terei muito para contar e escutar.