Natasha
Deixando para trás o balcão, João possuíra Natasha. Envolvendo-se num turbilhão de emoções, ordenou: Deixe o Chuck tocar, o velho Chuck. Gênio como sempre, perfeito como nunca.
Natasha aconchegava e esquentava, amor barato. Ao som de Almost Grown, João adormeceu. Não sonhou nada, nem pensou muito. O conforto passageiro foi logo interrompido pelo soluço alcoolico.
João acordou nauseado, exalando odores cetônicos. A companhia se foi, a vitrola silenciou. Restaram o bartender e o reflexo embaçado das bebidas multicoloridas.
O copo pouco cheio, a alma ainda vazia. A garrafa de vodka transparecendo ilusão. Tomou o ultimo gole, tirou do bolso a nota de dez. Voltou para casa sozinho. A mesma história, o velho caminho.