Delúcia de causo...
Como indico no título, o causo não é meu. É de Fernanda Araújo em sua deleitosa obra, Favos de Mel.
O Tião fizera um serviço de arrancar umas tábuas de piso para um potentado da cidade e as ganhou de presente. Enfeixou tudo, algumas até com umas pontinhas de cimento do contrapiso, botou nas costas e foi subindo a ladeira que conduzia à sua casa. A mulher iria valorizar aquele esforço, que garantia lenha para a semana toda...
E subindo a ladeira, já tava o Tião a só um quarteirão da metade do caminho, quando com ele emparelha a caminhonete do amigo Ivan. O convite foi imediato, a aceitação foi que levou alguma relutância, dobrada afinal pelo suor que Tião já havia vertido em bicas.
Carga na carroceria, os dois amigos na boléia, mas que é de que a caminhonete pegasse...Vruum, vruum, e nada... Ivan, para tranquilizar o amigo, e a si próprio, assinalou que ia fazer a bicha pegar no tranco, e de ré... E a na última ré, já estava ao pé do morro, onde o bom Tião iniciara seu suplício...
E como a bicha não pegara de jeito manera, era a hora de seu reinício...