CARRO E GENTE. (O Dublê)
Quando comprou seu primeiro carro, Agostinho descobriu sua verdadeira vocação: Dirigir!
Correr.
Em casa sua mãe sofria muito com ele, pois os vizinhos reclamavam muito dizendo que, mesmo nas ruas do bairro, Agostinho corria demais.
Não tinha jeito.
Correr... era isso que Agostinho gostava de fazer.
Mas, como pra tudo tem um jeito, e dizem que se você só tem limões, que se faça uma limonada, Agostinho resolver fazer. Não Limonada. Resolveu ser dublê de cinema!
E fez o caminho correto; inscreveu-se em uma escola para dublês.
Sonhava estar naquelas cenas de cinema, – claro que não seu rosto – dirigindo perigosamente, atirando, batendo nas pessoas...
“Meu negócio é carro e gente”, Dizia.
Mas enquanto o diploma não vinha ele ‘treinava’ por conta própria pelas ruas de sua cidade mesmo.
E a vizinhança sempre reclamando... principalmente a vizinha de frente de sua casa, dona Zulmira.
Sua mãe já não aguentava mais dona Zulmira na porta de sua casa reclamando de Agostinho.
“Seu filho vai matar alguém”!
“Dá um jeito no seu filho”!
E veio o diploma. Agostinho terminou o curso de dublê com especialização em pilotagem de automóvel.
“Agora eu tô buneco”, dizia aos amigos!
E convenhamos, apesar de suas peripécias nas ruas, Agostinho havia trilhado o caminho certo que é se especializar, já que esse era seu sonho.
E toma curriculum.
Tentava em todos os lugares possíveis: Emissoras de TV, diretores de cinema, até nos grandess estúdios americanos, chegou a entrar nos sites e fazer a sua tentativa.
Fissurado! Assim estava Agostinho.
Certa vez um diretor dum estúdio de televisão tupiniquim mesmo, disse para Agostinho: “Posso ser sincero? - mas não esperou Agostinho responder - Você é muito pequeno! Com um metro e cinquenta e cinco, como é que você vai dublar o Capitão Nascimento”?
Agostinho não havia pensado nesse detalhe, tampouco os professores da escola de dublês, por motivos óbvios, não o desencorajaram. Não era barato a mensalidade do curso.
“Mexer com carro e gente”.
Era seu sonho.
Agostinho até que tentou frear mas não deu tempo. Sentiu o baque e viu a pessoa rolar alguns metros adiante.
Sangue...
Desesperado, mas sem se acovardar, afinal ele era um dublê, – pelo menos no diploma – correu até a vítima, e de longe reconheceu aquele vestido!
Gente chegando...
Desespero.
Agostinho virou corpo a morta e gritou: Mãe, o que foi que eu fiz?
Sua mãe ao lado, que também viera ver o ocorrido só consegue dizer: “Meu Deus... Dona Zulmira”!
Dona Zulmira nunca mais reclamaria das peripécias de Agostinho.
Agostinho não teve grandes problemas com a justiça, pois nesse dia não estava correndo, ao contrário, estava até abaixo da velocidade permitida para essa via.
Além de câmeras, testemunhas também confirmaram às autoridades que fora dona Zulmira quem entrara na frente do carro de Agostinho.
E não é que Agostinho realizou seu sonho?
Bem... não exatamente.
Arranjou emprego na funerária, a mesma que levou o corpo da morta.
“Carro e gente”.
Quando comprou seu primeiro carro, Agostinho descobriu sua verdadeira vocação: Dirigir!
Correr.
Em casa sua mãe sofria muito com ele, pois os vizinhos reclamavam muito dizendo que, mesmo nas ruas do bairro, Agostinho corria demais.
Não tinha jeito.
Correr... era isso que Agostinho gostava de fazer.
Mas, como pra tudo tem um jeito, e dizem que se você só tem limões, que se faça uma limonada, Agostinho resolver fazer. Não Limonada. Resolveu ser dublê de cinema!
E fez o caminho correto; inscreveu-se em uma escola para dublês.
Sonhava estar naquelas cenas de cinema, – claro que não seu rosto – dirigindo perigosamente, atirando, batendo nas pessoas...
“Meu negócio é carro e gente”, Dizia.
Mas enquanto o diploma não vinha ele ‘treinava’ por conta própria pelas ruas de sua cidade mesmo.
E a vizinhança sempre reclamando... principalmente a vizinha de frente de sua casa, dona Zulmira.
Sua mãe já não aguentava mais dona Zulmira na porta de sua casa reclamando de Agostinho.
“Seu filho vai matar alguém”!
“Dá um jeito no seu filho”!
E veio o diploma. Agostinho terminou o curso de dublê com especialização em pilotagem de automóvel.
“Agora eu tô buneco”, dizia aos amigos!
E convenhamos, apesar de suas peripécias nas ruas, Agostinho havia trilhado o caminho certo que é se especializar, já que esse era seu sonho.
E toma curriculum.
Tentava em todos os lugares possíveis: Emissoras de TV, diretores de cinema, até nos grandess estúdios americanos, chegou a entrar nos sites e fazer a sua tentativa.
Fissurado! Assim estava Agostinho.
Certa vez um diretor dum estúdio de televisão tupiniquim mesmo, disse para Agostinho: “Posso ser sincero? - mas não esperou Agostinho responder - Você é muito pequeno! Com um metro e cinquenta e cinco, como é que você vai dublar o Capitão Nascimento”?
Agostinho não havia pensado nesse detalhe, tampouco os professores da escola de dublês, por motivos óbvios, não o desencorajaram. Não era barato a mensalidade do curso.
“Mexer com carro e gente”.
Era seu sonho.
Agostinho até que tentou frear mas não deu tempo. Sentiu o baque e viu a pessoa rolar alguns metros adiante.
Sangue...
Desesperado, mas sem se acovardar, afinal ele era um dublê, – pelo menos no diploma – correu até a vítima, e de longe reconheceu aquele vestido!
Gente chegando...
Desespero.
Agostinho virou corpo a morta e gritou: Mãe, o que foi que eu fiz?
Sua mãe ao lado, que também viera ver o ocorrido só consegue dizer: “Meu Deus... Dona Zulmira”!
Dona Zulmira nunca mais reclamaria das peripécias de Agostinho.
Agostinho não teve grandes problemas com a justiça, pois nesse dia não estava correndo, ao contrário, estava até abaixo da velocidade permitida para essa via.
Além de câmeras, testemunhas também confirmaram às autoridades que fora dona Zulmira quem entrara na frente do carro de Agostinho.
E não é que Agostinho realizou seu sonho?
Bem... não exatamente.
Arranjou emprego na funerária, a mesma que levou o corpo da morta.
“Carro e gente”.