O sargento velho

Conheci o Romancir era um sargento aposentado da brigada ,este trabalhava comigo de motorista nas horas vagas, mas era muito gambá bêbado de montão e eu nessa época também metia umas branquinhas e no final da linha quando terminava o horario nós chegavamos no buteco do tio Flor e metia um bocado de branquinhas até o pero ficar lotado, isto lá pelo umas 10 ou11 horas da noite, e uma noite perto de natal nós já tinhamos tomado um bocado de branquinhas e eu convidei para irmos embora e ele já enchergando embaralhado olhou para uns pacotes quê tinha pedurado em cima do balcão e disse para

a dona Teresa que era esposa do Teodolino e estava atendendo no boteco: “A senhora me de um carrinho que eu vou levar para o meu filho”. A Dona Teresa conhecendo que ele estava borracho respondeu não Romacir isto aí é uns pacotes de pipoca doce e ele quando se emborrachava tinha a mania de comprar presentes para quando chegar em casa a mulher não brigar com ele , e tinha a mania de não pagar o que levava.

Outra feita ele encheu a cara novamente e vinha fardado trombalhando a rua a fora isto já no anoitecer ,nisso vinha um amigo dele que era agente penitenciário de charrete com um cavalo muito trotiador, conheceu ele, parou e disse: Quer uma carona sargento velho? e ele passou o maior trabalho para subir no charrete sentou-se meio atravessado e com o trote do cavalo já cochilou ,o cavalo muito trotiador levantava faísca do asfalto, e ele cochilando dizia: “vai pegar fogo” e o Danilo respondeu é da ferradura do cavalo , ele cuchilando repetia vai pegar fogo. O sargento velho era muito medroso e cagao então ele dizia “Mais vale um covarde vivo do que um valente morto”.

Pedro Adiles
Enviado por Pedro Adiles em 13/01/2018
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