O ouro da Barra do Ouro

Conheci um negrinho que nos chamavamos de picolé negrinho ventana barbaridade foi criado lá nas fazendas, o pai dele trabalhava numa das fazendas , eram descendentes de escravos este pai do Picolé chamava-se Edson e morava e trabalhava na fazenda onde as proprietárias eram duas moças que chamavam de moças velhas , o Edson era muito ventana também é a fruta não cai longe do pé , as moças velhas moravam só as duas na casa grande onde era a sede da fazenda dos peões moravam pela redondezas da fazenda. Uma certa noite ouviram um barulho na janela da casa às moças levantaram pegaram o três oitão e foram noutra janela quando abriram a janela o cara correu elas sentaram fogo e só ouviram o grito e o cara se foi o brejo nem pensaram que podia ser ele, no outro dia os piões chegando para as suas rotinas e o comentário que bateram na janela, e quem seria. O Edison não compareceu no serviço ,as mocas velhas mandaram um peão na casa dele ver o quê tinha acontecido com ele a esposa dele disse que ele estava com a perna pisada e não pode trabalhar. As moças velhas desconfiadas foram na casa dele e lá pediram para ver a perna e constataram que era furo de bala , então providenciaram levar no médico lá constataram que de fato era de bala mesmo , só não quebrou a perna mas atravessou a panturrilha. Naquela época não dava nada, ficou por isto mesmo só esperaram melhorar e mandaram embora dá fazenda, saiu dela e foi trabalhar em outra fazenda. O Picolé contava que um dia eles vinham de um alambrado que eles estavam arrumando isto lá pelo meio dia o Sol muito quente e as ovelhas estavam deitadas na sombra dos eucaliptos e ele vinha com uma pá é um macho nas costas no passar pelas ovelhas ele deu com o olho do machado na cabeça da ovelha e atirou a ovelha nas costas e foi a casa chegando lá meteu a faca, e num upa a carne já estava fritando. Um dia o dono da fazenda desconfiado que estavam sumindo ovelhas contou as ovelhas e faltava bastante ovelhas passando na casa do Edison viu muito ossos no terreiro da casa e ficou com a pulga atrás da orelha, o fazendeiro resolveu procurar meu pai que era espetor de polícia na época e foram na casa do Edisom isso lá perto do meio dia o Picolé contou que quando a mãe dele viu a polícia ela saiu correndo com a panela cheia de carne e escondeu debaixo dos pé de couve, o Picolé contava e dava risada dizendo: “A ovelha ainda ficou fritando de baixo do pé de couve” o negro era terrível. O Picolé ainda novo morou tempo lá em casa e era o mandaleti tratava os cavalos os porcos limpava os galpões e levava o almoço nas lavouras, mas o negro já era rebelde meu pai trazia ele com redia curta e mesmo assim as vezes fazia uma ou outra cagada. Depois meu pai faleceu e ele foi embora isso em setenta e dois mais ou menos, passado uns anos eu tinha uma linha de ônibus em Charqueadas e eu era assinante da zero hora e saiu a notícia que um tratorista estava lavrando terra na Barra do Ouro e acha três Barra de Ouro e saiu o nome verdadeiro dele, mas nem liguei e nem notei que era o nome dele e a foto dele toda diferente de óculos cabelo repartido. Eu puxando horário parei numa parada de ônibus e aquele cara subiu no ônibus e me cumprimentou e eu cumprimentei ele e notei que não era estranho ele riu e eu reconheci é o picolé e disse: “Que faz aí negro?” pois nós nos dava bem aí ele veio com a história da barras de Ouros e trazia com ele a reportagem que saiu na zero hora, foi até o final da linha e lá passou a contar como tudo tinha acontecido de que tinha um advogado que estava cuidando do que fazer com as barras de Ouro pois valiam muito dinheiro , na época a imprensa foi na Barra do Ouro fazer a reportagem e ele saiu, pena eu não guardei a reportagem. Este advogado levou ele a Porto Alegre e hospedou o negro no apartamento dele e modificou o negro para ninguém conhecer e enrrolou o advogado até o que pode, mas eu conhecia bem a peça é sabia que o negro era esperto disse a ele: “ Mas que Ouro?” e ele começou a gaguejar: “Nao o ouro ficou lá no Maquiné que a Barra do Ouro pertence a Maquiné, eu disse: “Negro tu tá mentindo”e ele disse que queria falar com o Zeca, o Zeca e meu irmão, então ele saiu a procura do meu irmão para ir buscar o Ouro na barra do oOuro isto foi nos anos oitenta oitenta e dois. A noite quando eu cheguei em casa o Zeca falou: “Amanhã de madrugada eu e o Carlos o outro meu irmão e o Picolé vamos buscar as barras de Ouro no Maquiné. Eu disse: “Este negro tá de mentira não tem ouro nada” , e lá se foram num fiat uno lá nos cafundó do Judas na Barra do Ouro, chegando lá pararam o carro e ele saiu para buscar o ouro que tinha que atravessar o arroio e então sumiu, meus irmãos a espera do ouro e o Pele foi na casa de um conhecido almoçar, conversar e ainda riram dos tontos que ficaram esperando ele. E enquanto isso o irmaos planejando o que iam fazer com o ouro, iriam comprar uma fazenda. La pelas quatro ele apareceu e como era muito ventana disse: Não consegui pegar, eles estão me cuidando e voltaram para casa sem Ouro. Ai o negro sumiu novamente, passado um mês ele estava lá no final da linha, eu cheguei o horário já tinha encerrado e pedi um trago de cana e tomei e pedi mais um trago e já estou até o pescoço com aquela histórias de Ouro e ele puxa o assunto do ouro eu disse vem aqui e levei ele até o ônibus e peguei uma daga afiada perto do banco e prendi por cima dele e ele correu porta afora e eu corri atrás dele, mas ele foi ao mato , depois disso um primo meu encontrou ele numa quebrada e ele disse que ia me matar mas até hoje estou vivendo para contar causos deste negrinho tramposo que nunca mais vi.. E o OURO !oooo tá lá na Barra do Ouro

Pedro Adiles
Enviado por Pedro Adiles em 06/01/2018
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