Vi coisas em Varginha que só vendo para acreditar.
Vi com esses olhos que um dia o fogo há de torrar na minha cremação. Fui na cozinha da pensão com permissão da Dona Norma Dulce, dona do estabelecimento, pois adoro ver fogão a lenha e sentir os deliciosos aromas da cozinha mineira.
Aproveitei para apreciar o preparo do prato que escolhi para repasto dentre a variada oferta do cardápio;
Frango cozido com ora-pro-nóbis.
Muito gentilmente Dona Norma Dulce me presenteou com a receita.
20 folhas de ora-pro-nobis
500g de sobrecoxa de frango caipira
1 cebola picada
3 dentes de alho
1 limão
2 colheres (sopa) de azeite
Sal marinho
Pimenta-do-reino
Tempere o frango com sal, pimenta e limão.
Esquente o azeite numa panela e doure o alho e a cebola.
Adicione o frango e deixe cozinhar por cerca de meia hora.
Enquanto isso, pique o ora-pro-nóbis com as mãos,
para preservar o aroma e o sabor.
Observe se o frango já está pronto e dourado.
Acrescente o suco de 1 limão e o ora-pro-nóbis.
Deixe cozinhar por alguns minutos e está pronto.
Seu minino, eu comi de lamber até os dedos dos pés da Dona Norma Dulce, depois da digestão, é claro.
Bem comido e cansado do longo dia a procura de contato imediato de qualquer grau com ET Varginiano, caí na rede e apaguei. Acordei assustado com a explosão.
O susto foi tanto que me estabaquei da rede pro chão, levantei trêmulo que nem vara verde e com dor nas costas, na verdade o que doía era a bunda, mas não fica legal escrever bunda no meu relato.
Da janela do meu quarto eu vi, meninos, eu vi!
Bandidos explodiram a agência do Banco Nacional Do Desenvolvimento Econômico Extraterrestre De Varginha.
Fizeram dez ETs reféns, roubaram a espaçonave em forma de LP Clube Da Esquina e escafederam, abduziram os ETs.
Ninguém foi preso e não sei se já houve pedido de resgate pelos ETs reféns por causo de que eu si mandei de Varginha rapidim.
Para ver Et e comer comidinha minera eu vou a Varginha, mas pra ver bandido explodindo banco eu vejo por aqui mesmo no Rio de Janeiro.
Eu sei que você deve estar pensando assim: "Esse cara encheu a cara de Cachaça Soberana Ouro lá em Varginha e teve alucinações, não existe assaltante de bancos em Varginha".
Pois lhe digo que degustei moderadamente a Soberana e nem zonzo fiquei. Existe sim assantantes de banco nas Minas gerais também.