O JUMENTO E O MOÇO DO TEMPO.
Na reunião do sindicato rural, do ano passado ficou acertado e registrado em ata que, devido a inconstância climática da região, deveria ser contratado um meteorologista com os devidos equipamentos, para fazer a previsão do tempo na região. Assim facilitaria a todos os fazendeiros e agricultores daquela área saberem a época certa para o plantio.
Aquela região apesar de terras boas, as melhores do sertão goiano, tinha desenvolvido pouco. Um dos fatores que contribuiu muito para isso foi o isolamento causado pelas péssimas condições das estradas.
Mas, voltando a questão meteorológica. Foi contratado o tal profissional.
Chegou no lugarejo para montar o laboratório. Caixas e mais caixas; vários apetrechos, montes de fios e aparelhos que acendiam luzinhas.
Joaquinzin do jumento, carregador de água do rio para vender na cidade, só olhando aquela arrumação toda. Criou coragem e perguntou:
____Seu moço, pra que serve essa tralha toda?
____Isso, falou o especialista é para adivinhar se vai ou não chover.
____Interessante, e serve mesmo?
____Claro, não erra.
No outro dia. Várias autoridades se reuniram na porta do laboratório para ouvir a primeira previsão do tempo.
____Senhores, quero anunciar que à tarde vai chover.
Joaquinzin lá atrás, sacudiu a cabeça:
____Chove não seu moço.
E não choveu mesmo.
No outro dia a mesma coisa. Mais uma vez Joaquinzin acertou.
No quarto dia novamente foi contrário à decisão do meteorologista e acertou de novo.
A população já desacreditada do especialista.
No quinto dia: Joaquinzin concordou que chovia. Passou a tarde inteira chovendo.
Foram atrás de Joaquinzin. Como você tava acertando tudo?
____ É o seguinte : quando meu jumento, no meio dia, tá com a bunda suada vai chover. Quando a bunda tá enxuta, não chove de jeito nenhum.