VAI E VEM
Num tempo distante, o cerrote tinha apelido de “vai e vem”
Havia num povoado meio medieval do outro lado dos montes
Um sitiante que vivia emprestando ferramentas dos vizinhos e nunca comprava ferramentas para usar no sítio.
E o que mais intrigava a vizinhança é que ele emprestava as ferramentas e não as devolvia em tempo. Passava-se uma eternidade para devolver as ferramentas emprestadas.
Um dia ele pediu para filho ir à casa do vizinho Sebastião e pedir emprestado o vai e vem.
O menino saiu saltitante em direção à casa do senhor Sebastião. Chegando lá foi logo dizendo:
- papai pediu para o senhor emprestar para ele o vai e vem.
Seu Sebastião aproximou-se do menino, olhou bem em seus olhinhos, abaixou-se para ficar em alturas próximas e foi dizendo ao garoto:
- diga para o seu papai assim: papai, seu Sebastião pediu-me para lhe dizer que; se vai e vem fosse e viesse, vai e vem ia, mas como vai e vem vai e não vem, vai e vem não vai.
O menino foi meio pensativo narrar os fatos para seu pai.
É isso aí!
Acácio Nunes