Era verão...
Uma estrada de terra cortava uma vasta extensão de pastagem. Permeávamos a estrada em direção à cidade. Naquele dia o calor estava insuportável, pois deparamos com um rapaz a cavalo. Fez um cumprimento à moda caipira: _ “Taarde que caloor, né?”
Nós respondemos:_“Taarde, o calor aqui nessas bandas é demais.”
O cavalo caminhava a passos lentos e parecia claudicar.
De repente, ele parou e deitou-se espichando as quatro patas.
O pobre animal teve um mal súbito, deu um longo suspiro e morreu. Ah, que tristeza! Ficamos chocados.
Olhei para todos os lados e não tinha a quem recorrer. O cavaleiro olhava desolado e vi seus olhos com lágrimas. Com carinho passei as mãos no cavalo e orava pedindo a São Francisco de Assis, que acolhesse aquela vida que se esvaía. Meu coração ficou partido.
Aquela cena indelével ficou na minha memória.
Esse causo se passou numa das minhas viagens pra MS.
Magda Crovador