Naquela tarde, Irene estava na sua cozinha preparando seu jantar quando foi surpreendida por uma bola que atravessou a janela, quebrando a vidraça e vindo alojar-se dentro da panela.
Susto com o barulho, dor com o caldo quente espirrando em sua mão e mais do que tudo uma raiva cega de quem desastradamente atirara aquela bola. Devia ser um moleque que não tinha uma mãe para vigiar-lhe as brincadeiras evitando que incomodasse os vizinhos.
Minutos depois a campainha da porta tocou e ela atendendo viu surpresa o Betinho cabisbaixo acompanhado de um homem maravilhoso, moreno claro, olhes verdes, cabelos ondulados... Um “gato”!
Irene morava há pouco tempo no condomínio, mas já fizera amizade com toda a vizinhança.
Casa térrea, como ela sempre desejara e onde podia ter um quintal com sua própria churrasqueira, suas plantas, seu cachorro.
Para ela, solteira já de meia idade, sem parentes chegados, a amizade dos vizinhos era muito importante e ela valorizava muito.
Nancy, com o filho Betinho era das mais chegadas. Desquitada, odiava o marido e era com muita raiva que era obrigada a recebê-lo nos dias estipulados para visitar o filho.
Irene tinha certa curiosidade de conhecê-lo. Será que a Nancy não exagerava um pouco?
Então aquele era o marido que a Nancy abominava? Não era possível! Aquele sorriso encantador compensava muitos defeitos...
Tudo isso lhe passou momentaneamente pela cabeça, pois ele já falava:
— Trouxe o Betinho aqui para desculpar-se pela bola em sua vidraça.
— Não pode ser! Ele não teria força suficiente para jogar a bola dessa maneira. Foi você mesmo, Betinho, que jogou a bola?
— Não, mas o Papai me deu vintão para eu dizer que fui eu.
— E quem foi?
— Fui... Eu... Queria abordá-la, conhece-la melhor... Fazer uma brincadeira com você... Não vi a vidraça... Pensei que a janela estivesse aberta... fui mal ... Fiquei constrangido... ...esperava que o Betinho colaborasse...
O galã olhava para ela com o melhor dos sorrisos e acabou convidando:
— Vamos até a lanchonete, tomar um lanche e quem sabe combinar um encontro para nos conhecermos melhor... E quanto a vidraça pode deixar que eu mandatei consertar para você.
Irene já estava fechando a porta na cara dele:
—Não é preciso. Obrigada! Boa noite!
A Nancy não exagerava, cinco minutos foram suficientes para Irene detestá-lo...
. Que sujeito idiota!
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Susto com o barulho, dor com o caldo quente espirrando em sua mão e mais do que tudo uma raiva cega de quem desastradamente atirara aquela bola. Devia ser um moleque que não tinha uma mãe para vigiar-lhe as brincadeiras evitando que incomodasse os vizinhos.
Minutos depois a campainha da porta tocou e ela atendendo viu surpresa o Betinho cabisbaixo acompanhado de um homem maravilhoso, moreno claro, olhes verdes, cabelos ondulados... Um “gato”!
Irene morava há pouco tempo no condomínio, mas já fizera amizade com toda a vizinhança.
Casa térrea, como ela sempre desejara e onde podia ter um quintal com sua própria churrasqueira, suas plantas, seu cachorro.
Para ela, solteira já de meia idade, sem parentes chegados, a amizade dos vizinhos era muito importante e ela valorizava muito.
Nancy, com o filho Betinho era das mais chegadas. Desquitada, odiava o marido e era com muita raiva que era obrigada a recebê-lo nos dias estipulados para visitar o filho.
Irene tinha certa curiosidade de conhecê-lo. Será que a Nancy não exagerava um pouco?
Então aquele era o marido que a Nancy abominava? Não era possível! Aquele sorriso encantador compensava muitos defeitos...
Tudo isso lhe passou momentaneamente pela cabeça, pois ele já falava:
— Trouxe o Betinho aqui para desculpar-se pela bola em sua vidraça.
— Não pode ser! Ele não teria força suficiente para jogar a bola dessa maneira. Foi você mesmo, Betinho, que jogou a bola?
— Não, mas o Papai me deu vintão para eu dizer que fui eu.
— E quem foi?
— Fui... Eu... Queria abordá-la, conhece-la melhor... Fazer uma brincadeira com você... Não vi a vidraça... Pensei que a janela estivesse aberta... fui mal ... Fiquei constrangido... ...esperava que o Betinho colaborasse...
O galã olhava para ela com o melhor dos sorrisos e acabou convidando:
— Vamos até a lanchonete, tomar um lanche e quem sabe combinar um encontro para nos conhecermos melhor... E quanto a vidraça pode deixar que eu mandatei consertar para você.
Irene já estava fechando a porta na cara dele:
—Não é preciso. Obrigada! Boa noite!
A Nancy não exagerava, cinco minutos foram suficientes para Irene detestá-lo...
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Este texto faz parte do Exercício Criativo -
Bola na Vidraça
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