Os soldadinhos de chumbo.
Os soldadinhos de chumbo.
O tempo corre e nada volta só as lembranças ficam e não nos deixam. Poderá ser triste ou alegre.
Hoje sentado no meu berçário, onde escrevo os meus causos, digo que é um berçário pois sou um recém nascido nesse Recanto das Letras etc.
O que lembrei-me? Uma linda viagem de alguns anos de minha vida .
Muito cedo fui colocado em um Jardim de Infância, os pais trabalhavam em uma Padaria.
Então eu sempre ia, digo que meio contrariado, para o tal Jardim de Infância chamado Jardim da Infância Professor Ismael de Oliveira.
Sua localização ficava em uma grande avenida toda arborizada onde escutava o gorjear da passarada ao findar a tarde.
Do outro lado ficava a Igreja Matriz de minha cidade,MG e sempre que meus pais vinham me buscar lá na nave minha mãe fazia as suas preces e agradecimentos.
Naquela quarta-feira não fora diferente mas, um acontecimento marcou aquele dia. Uma alegria muito marcante.
Na bolsa escondida de minha mãe ela retirou um saquinho e dentro havia diversos soldadinhos de chumbo e entregou-me e disse-me, Erik por seu comportamento e sua aceitação em aprender a brincar.
Aquele gesto simples encheu-me de alegria e enquanto ela rezava eu montei o meu exército particular e nunca mais esqueci-me dos soldadinhos de chumbo.
Dizem os estudiosos que a minha geração e que é nascida após a Segunda Guerra Mundial serve de um exemplo por ter passado por grandes transformações. Tivemos infância, juventude bem distintas.
Penso que é por isso que eu gosto de contar esses causos simples e que preenchem a minha memória de doces recordações.
Temos que estar sempre buscando causos no nosso viver e isso eu tenho certeza faz com que não envelhecemos e seguimos sempre sendo doces crianças infantis e jovens rebeldes dos nossos anos dourados.