O NEGRINHO DO PASTOREIO
Rapaz, tem coisas que acontecem na vida da gente que é uma verdadeira onda, ou você surfa e sai de rabeada, ou cai e rir de si mesmo, ou leva um caldo daqueles que rala a cara na areia...
É foi isso mesmo que me aconteceu, comigo né, para variar! Sou mole demais!!
Era apenas mais um dia de plantão policial. Muita movimentação logo cedo, com familiares dos presos vindo deixar o café da manhã de seus parentes, e a sala de atendimento lotada! Lotada de tudo que é merda social...
Nada de mais, só mais um dia na vida de um "lixeiro social melhorado..." Era mais um dia de trabalho exceto por... Ou melhor, pela chegada do Neguinho do pastoreio do crime!
Em certo momento, entra delegacia adentro a gloriosa Polícia Militar conduzindo um meliante que, segundo o Sargento que comandava a guarnição, acabara de ser preso acusado de ter assaltado uma senhora, tomando-lhe a bolsa e correndo mundo afora.
Disse-me o dito sargento: _ Este é o famoso ladrão "Neguinho do pastoreio!" Confesso que não entendi o por que daquela alcunha de santo popular naquele... naquele... naquilo... Sei lá!
Enfim, Eu ouvi o relato do sargento, olhei a peça rara, e vi nele mais um miserável excluído da sociedade... Deu dó... Deu vontade de fumar um cigarro para dissipar as milacrias... E antes de resolver o quê quer que fosse, fumei. Demoradamente... Fumei! Ah... Que prazer... Olhando a fumaça de meu cigarro se dissipar entre as nuvens...
Um chamado do sargente trouxe-me a realidade. _E aí seu agente, o que vai fazer com esta coisa?
_ Joga na carceragem essa porra até o delegado decidir o que caralho vai fazer com este cuzão! disse eu de maneira seca. Pena eu até sentia... Mas como tratar com pena uma hiena? Não dá...
O sargento e dois de seus homens acompanharam-me até a carceragem e lá chegando eu fiz os procedimentos de praxe e mandei o neguinho ficar nú e se agachar. O Neguinho recusou-se timidamente...
Desta vez, eu tive que da-lhe uns gritos e aí o Negrinho disse: _ Sinhô... quera não hômi... O sinhô adespoise num diga que eu num avise!
Eu, sem imaginar o imponderável que esperava-me, dei nova voz de comando: _ Tira a roupa poooraaa! ta surdo?
Bom... eu pedi não foi? Então... o neguinho obedeceu e tirou a sua única peça de roupa, uma bermuda velha, suja e surrada... aí, despencou mais de metro de rola! isso mesmo... de rolaaaaa! A rola do Neguinho paracia uma cobra mamba! gigantesca e preta!
Olha, o coros dos demais presos soam em meus ouvidos até agora: _ pega aí seu agente... O senhor não mandou o Neguinho tirar a roupa? Agora doma a cobra!
A mim só restou segurar meu riso para não perder a moral e nem o moral e guardar esta estória para vocês... Ah, alguém tá afim de ajudar o Neguinho?
É foi isso mesmo que me aconteceu, comigo né, para variar! Sou mole demais!!
Era apenas mais um dia de plantão policial. Muita movimentação logo cedo, com familiares dos presos vindo deixar o café da manhã de seus parentes, e a sala de atendimento lotada! Lotada de tudo que é merda social...
Nada de mais, só mais um dia na vida de um "lixeiro social melhorado..." Era mais um dia de trabalho exceto por... Ou melhor, pela chegada do Neguinho do pastoreio do crime!
Em certo momento, entra delegacia adentro a gloriosa Polícia Militar conduzindo um meliante que, segundo o Sargento que comandava a guarnição, acabara de ser preso acusado de ter assaltado uma senhora, tomando-lhe a bolsa e correndo mundo afora.
Disse-me o dito sargento: _ Este é o famoso ladrão "Neguinho do pastoreio!" Confesso que não entendi o por que daquela alcunha de santo popular naquele... naquele... naquilo... Sei lá!
Enfim, Eu ouvi o relato do sargento, olhei a peça rara, e vi nele mais um miserável excluído da sociedade... Deu dó... Deu vontade de fumar um cigarro para dissipar as milacrias... E antes de resolver o quê quer que fosse, fumei. Demoradamente... Fumei! Ah... Que prazer... Olhando a fumaça de meu cigarro se dissipar entre as nuvens...
Um chamado do sargente trouxe-me a realidade. _E aí seu agente, o que vai fazer com esta coisa?
_ Joga na carceragem essa porra até o delegado decidir o que caralho vai fazer com este cuzão! disse eu de maneira seca. Pena eu até sentia... Mas como tratar com pena uma hiena? Não dá...
O sargento e dois de seus homens acompanharam-me até a carceragem e lá chegando eu fiz os procedimentos de praxe e mandei o neguinho ficar nú e se agachar. O Neguinho recusou-se timidamente...
Desta vez, eu tive que da-lhe uns gritos e aí o Negrinho disse: _ Sinhô... quera não hômi... O sinhô adespoise num diga que eu num avise!
Eu, sem imaginar o imponderável que esperava-me, dei nova voz de comando: _ Tira a roupa poooraaa! ta surdo?
Bom... eu pedi não foi? Então... o neguinho obedeceu e tirou a sua única peça de roupa, uma bermuda velha, suja e surrada... aí, despencou mais de metro de rola! isso mesmo... de rolaaaaa! A rola do Neguinho paracia uma cobra mamba! gigantesca e preta!
Olha, o coros dos demais presos soam em meus ouvidos até agora: _ pega aí seu agente... O senhor não mandou o Neguinho tirar a roupa? Agora doma a cobra!
A mim só restou segurar meu riso para não perder a moral e nem o moral e guardar esta estória para vocês... Ah, alguém tá afim de ajudar o Neguinho?