Jeck B., Noite na floresta.

Hoje 24 de Dezembro de 1995, me reuni com um grupo de viajantes. Não que eu esteja com medo, mas me contaram que por essas bandas tem um urso enorme que destroem tudo que ver pela frente e que ainda não havia nenhuma morte ainda mas era só questão de tempo. Ouvi isso de um morador em uma cabana no começo da floresta, quando ele me conto procurei um lugar para sentar. Sem ao menos olhar, pois minhas pernas começaram a bambear para todos os lados. achei até que iria cair. A sorte é que me sentei em um tronco que estava atras de mim; bom! sorte nada, levantei dando pulos na mesma hora, estava cheio de formigas assassinas que queriam me matar. O pior é que o morador achou que eu estava dançando! ligou a radiola puxou minhas mãos e se deu a pular; rindo, feliz da vida. Feliz! porque não era ele que estava com um exercito de formigas dentro da calça. num gosto nem de me lembrar de ainda dói. gastei minha pomada para assadura tudo nas mordidas das formigas assassinas logo que sai do quintal da casa do morador feliz. Se bem que... não era bem um quintal... era a orla da floresta.

Logo depois do sufoco das formigas andei cerca de duas horas, afinal eu tinha que atravessar aquela floresta que não acabava mais, para chegar em uma cidadela. Mas ouvi vozes de pessoas que voltavam da cidadezinha e resolvi ir até eles, eram viajantes e já estavam com a barraca montada e fogueira acesa. perguntei se poderia me juntar a eles e eles me aceitaram de bom grado por aquela noite. Eram duas mulheres e três homem.

Tentei! juro que tentei, mas não teve como eu não reparar nas mulheres, uma morena a outra ruiva ambas de cabelos longos, a morena tinha o rosto um pouco cumprido; olhos puxado, nariz e boca pequenos, a ruiva o rostinho mais arredondado; olhos grandes, nariz pequeno e boca grande com marca de sorriso nas bochechas. Ambas muito bonitas, Mas não parei por ai enquanto procurava um lugar para me sentar, fui analisando elas próximas a fogueira ambas com panos nas mãos, preparando o jantar. parecia até que estavam dizendo olhe para me. Até que não aguentei, percebi tudo e disse: _Moças! Tenho aqui comigo algo que vocês vão se interessar. E a morena perguntou: _o que é? Chegando perto, lendo meus olhos que chegavam faiscar de emoção. Levei minha mão na alça da bolsa que estava a carregar o tempo todo. Até estranhei quando a tirei de minha costa, abri o zíper com rapidez e coloquei as duas mãos dentro da bolsa, olhei para as mulheres que pareciam curiosas e saquei... DOIS CALDEIRÕES e comecei meu grande discurso de vendendo. logo que terminei a morena caiu em um ataque de risos. Não entendi o por quê! e a ruiva após muito analisar o caldeirão comprou-o e eu fiquei muito feliz. com mais uma cliente satisfeita. Bom! até a noite cair de vez! der hora de todos irem dormir e eu me lembrar do urso. o pior é que eu não tinha barraca. Apenas um saco de dormir e um lençol, pois assim caberia mais utensílios na bolsa.

A noite foi tranquila. Até umas 3 horas da manhã. Quando ouvi um bicho monstruoso dentro da mata escura, onde a luz a fogueira não alcançava. E pensei logo é o urso vindo me pegar. Vi as folhas dos matos rasteiros rebolando, vindo do escuro da floresta em minha direção, cada vez mais rápido e quando estava chegando no limite da luz da fogueira, eu embrulhei a cabeça para não ver a cara do bicho que iria me devorar. Senti varias borboletas na barriga, as pernas tremiam sem parar e num conseguia nem respirar direito. Até que, percebi que ainda estava vivo e pensei; o que está acontecendo? e me dei conta que o bicho queria olhar para mim. Talvez para pedir desculpa pelo que iria fazer com um gesto ou um simples olhar de ternura.

Após vários minutos com as pernas tremendo, as borboletas na barriga e um arreio novo que começou pelo do pescoço é terminou lá em minha calça arrepiando tudo por lá. Tomei a decisão de desembrulhar a cabeça. logo que puxei o lençol que estava em minha cabeça, tive um grande alivio! o urso não estava ali. Alivio esse que não durou muito tempo. Vi que todo lugar estava cheio de ratos correndo para lá e para cá, rasgando as barracas dos viajantes de tanto rato mordendo, só que consegui contar tinham dois. Mas também naquele trupelo, não iria parar para contar ratos. ainda mais depois que vi que em cima de mim estava cheio, as borboletas na barriga na verdade eram milhares. Não! Centenas de milhares de ratos em minha barriguinha. fiquei de pé em um salto, em comecei a pular e grita, porque senti algo me ranhando por baixo da calça, eram mais ratos! Sim. E eu não sabia se pulava o deitava no chão e rolava. os viajantes que toda parte dessa cena estavam dormindo, agora estavam de pé na minha frente rolando de tanto rirem. Eu no desespero ao tirar o ultimo rato da calça e espantado todos os outros com os berros de medo e EXTREMA DOR. ainda por cima fui me sentar para descansar daquele alvoroço, todo distraído acabei me sentando em umas brasas da fogueira que haviam se espalhado, não sei como! e comecei a pular e berrar novamente. Vendo que ninguém ali iria parar de rir tão cedo juntei minhas coisas me despedi de todos e fui embora pela madrugada andando todo esquisito.

2º carta de Jeck B., em busca de mais pomada para as queimaduras.

JDSC
Enviado por JDSC em 18/05/2017
Reeditado em 07/09/2017
Código do texto: T6002968
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