Diana, uma bela garota era a primogênita de sua família. Paparicada pelos tios e avós, recebeu deles um almejado presente, finalmente ganhara seu cavalo. Era um potro puro sangue inglês, nobre e valente e já veio domado. Ela ficou feliz da vida, sabia cavalgar há um tempinho, mas apenas em pequenos animais e com acompanhamento, era ainda inexperiente. Recebeu ordens para passear só por perto das baias, tomar cuidado e assim ficou estabelecida a regra, não abusar. O cavalinho já devidamente encilhado foi entregue a ela pelo cavalariço da fazenda - Felipe- que ajudou-a a subir no lombo do animal. Diana pegou as rédeas, foi avisada que deveria suavemente dizer - Upa, palavra a que ele estava acostumado e saía a trote apenas sob essa ordem. Tudo foi feito como mandado e a cavalgada foi devagar, sempre monitorada de longe pelo rapaz da fazendola. Diana achou-se grande amazona e por brincadeira, quis experimentar a velocidade de Guty e com gestos próprios o incitou a aumentá-la. Ele foi num trote bem mais acelerado, ela toda feliz com os cabelos ao vento, pura sensação de liberdade. Só que não percebeu que esquecera de o levar corretamente, ele passou por baixo de uma árvore com galhos fortes e baixos, num deles ela bateu fortemente a cabeça. De onde estava, o cavalariço percebeu algo errado e correu para lá, a garota estava desmaiada em cima da sela, corpo meio caído para um lado e o cavalo parado, talvez tenha percebido a falta de comando. Diana foi socorrida. Um pouco mais tarde, no hospital, ela acordou e perguntou à sua mãe aflita: mamãe, acenda a luz, tive um pesadelo. Ali dentro, a lampada estava acesa e o sol da tarde entrava fulgurante pela janela. Diana, a linda mocinha de olhos cor de mel não tivera sorte naquele passeio tão básico - perdera a visão. Se algum dia, esta retornará, os médicos não conseguiram dizer , pois a lesão não ficou aparente e exames não constataram maiores problemas. O que será dela é ainda uma incógnita.
18/04/17