Falta cometida
Certo dia, ela foi descoberta e o clima amistoso foi por água abaixo...
Não entenderam? Esse é o fim do começo. Pois o causo começa doutra forma. A professora, muito prestativa, dava aulas de educação física e não destratava quem quer que fosse. Sabem o tipo físico padrão de televisão? Acrescentem, então, uns traços faciais de branca de neve, um cabelo escorrido e preto, carnes nos quadris e no bumbum e está imaginada a mulher de vinte e oito anos dessa história.
Pois ela conheceu, numa das turmas, o aspirante a jogador de basquete. Garoto esticado pelo destino e com treze anos. Formaram uma parceria comentada porque ela se empenhou em tornar o menino um Michael Jordan.
Um dia, a professora, depois da aula, desabou a chorar. Ele ficou para saber o que acontecera. Problemas conjugais. Dez anos casados, ela, muito nova; ele, mais velho. Suspeitava que o marido tivesse pulando a cerca e com uma mais nova que ela! Pode uma coisa dessas? E seguiu o relato numa ladainha dramática de dar dó.
Aí o menino decidiu que ia aos pais contar a versão dela. Ela recusou, simulando um charminho inicial, mas tudo bem no fim das contas. Foram tomar café na casa dos pais do jogagor. E como eles já sabiam do desejo do filho e da força da professora, terminaram abrigando a escultural mulher em casa. Sem maldade nenhuma.
Foi então que o troço desandou. O jovem saía do quarto, ia beber água e terminava o percurso jogando basquete no recinto temporário da traída. De início, controlou os instintos adolescentes, mesmo imaginando o corpo da mestra sem o uniforme de educação física.
Mas, a gota d´água foi quando a sedutora tomou banho de porta encostada e o menino invadiu o banheiro sem saber! A professora abriu o box e ele ficou estatelado. Ela, sorrateira, trouxe-o até o chuveiro e os leitores já imaginam o que se sucedeu daí em diante.
E aí? Bom, ambos perderam a aula, os pais flagraram uma cena constrangedora no quarto do menino e vixe...! Veio polícia prendeu a mestra, o sonho do garoto estancou e os pais passaram a confiar menos nas relações entre homens e mulheres.
E os leitores hão de ver esse causo estampado no jornal. Mas não pensem que o contador é copiador... não! O causo é aumento, mas não é invento.
em out/2005