DÍLSON E EU PARTE 27
RECAPITULANDO.
RECAPITULANDO.
De repente sumiu tudo e eu senti umas porradas na cara, na terceira pancada eu abri os olhos e vi o mestre armando a mão para dar outra. Reclamei: - o senhor me bateu mestre? Ele respondeu - não Trovado eu dei umas tapinhas para acordá-lo, estava num sono profundo, - mas mestre arrancou meu implante, - não, que isto? Acha que eu faria isto Trovador? Vai ver que você mordeu em algum coquinho enquanto dormia.
SEGUE.
Fiquei calado, e ele disse – ligue não, chegando a casa mando a dentista da nossa família dar uma olhada nisto. Não respondi nada, guardei o dente no bolso e o ouvi dizer, dormimos muito trovador, vamos deixar para outro dia se quiser vir pescar de novo, se não quiser vir desta vez, no outro conclave a gente vem e aí vamos lá para você ver que maravilha é a árvore. Enquanto ele começou a andar e virou de costas arranquei bem umas cem folhas daquelas e enchi o bolso junto vieram umas sementes e pensei: estas folhinhas tem mistério, vou estudá-las. O mestre tinha razão de querer voltar, como ele explicou à noite os bichos saem para caçar e já estava escurecendo, ele apertou o passo e eu o acompanhei sem problemas, se a perna travasse ia andar assim mesmo.
Entrei na picape, fechei os olhos, pulei no colo de Deus e a picape partiu, Acordei quando estávamos desembarcando no ancoradouro da marina, o mestre me deixou durante a travessia dormindo na cabine da picape, Já estávamos rodando dentro de natal e eu calado me lembrando das peripécias daquela aventura maluca. – e aí Trovador, gostou da pescaria? Respondi na maior convicção, - mestre gostei demais sô, - então vai voltar, - claro, vou com certeza, é pensei... É aqui que eu vou acertar minhas contas com o mestre Fabio.
O mestre estava cansado, disse - Trovador, vamos jantar e depois tomamos banho para tirar esta inhaca de peixe, Hoje eu vou dormir aqui para matar a saudade da parceira, mas amanhã nós vamos dormir lá na sala de troféus, quero ver se tem algo anormal acontecendo por lá. Hoje você vai dormir na suíte do rei, eu liguei para a dentista e ela vai vir te atender depois que ela fechar à clinica, mas ela morre de medo da sala de troféus, uma vez quando ela estava em lua de mel, ela cismou de dormir lá com o marido e os dois quando deu meia noite saíram voando de lá, pessoal medroso, dizendo que tinha fantasmas lá, que bobagem não é Trovador? Acabou se separando do marido porque ele em vez de protegê-la começou a gritar que nem um possesso ainda bem que escutamos os gritos e fomos ver.
- Bem trovador, quer mais comida? Achei que jantou pouco, - na verdade mestre, não estava com muita fome, mas comi muito bem. – Estou cansado Trovador, e você? Eu não mestre, durmo pouco e dormi a viagem de volta toda, além disto... – O que foi? – Nada mestre, aquela folhinha que eu mastiguei o que era? Parece até que me rejuvenesceu. – Ele riu e explicou, você mastigou a folhinha? Trovador era só para colocar na boca, aquela folha é alucinógena, se mastigar fica vendo japonesinho pelado. – Credo mestre não podia ser japonesinhas? – Ele riu de novo, aquelas folhas é um perigo, é a maior viagem àquela coisa.
Jarbas acompanhe o Trovador à suíte do rei, e quando a dentista chegar diga onde ele está; Ela sabe o caminho. - Trovador se quiser jogar sinuca tome banho e desça o Jarbas é bom de sinuca ele joga com você, fique a vontade a casa e sua... Há não se preocupe com o simba que o Jarbas me disse que ele já foi para um circo que passou aqui este s dias e tem um filhote novo aqui, mas nesta área ele não vem. – Ta legal mestre, mas acho que vou ler um pouco e depois dormir. – A doutora vai vir Trovador, tinha me esquecido, é melhor esperá-la. Boa noite, eu vou cair na cama já. – Boa noite mestre e muito obrigado pela pescada valeu mesmo.
Acompanhei o Jarbas que estava falante, brincando comigo como velhos amigos, achei até estranho, mas ele me disse, - amanhã na parte da manhã se quiser nós vamos jogar umas partidas, hoje é até bom que não joguemos, pois o tal leãozinho fugiu e deu um trabalhão pegar o bichinho de volta, acabei ficando cansado também. Chegamos a tal suíte, gente, era coisa de rei mesmo. Ele entrou me mostrou tudo como funcionava até o sugar de ar quente, e disse que ali não se usava toalha para banho, era só para enxugar o rosto que tinha. Despediu-se e foi embora. Fiquei encantado com aquele luxo, já fiquei muito em hotéis cinco estrelas quando viajei pelo mundo, o Tivoli em Copenhague era um luxo, em outros países também. Ali não tinha dois quartos, mas o que tinha, pelas barbas do profeta, era de cair o queixo!