DÍLSON E EU PARTE 05

Recapitulando.

      Pensei pronto agora vi da rala, tem leão na ilha ai, ai, ai. Esta resmungando aí trovador, não me vai dizer que tem medo de bicho? Nós estamos o topo da cadeia alimentar, temos inteligência, medo de irracionais não justifica. – Está certo mestre, tenho medo não, ai, ai, ai.
 
PARTE 05

     - O pessoal parou de tocar, caramba já são oito horas e nem mandei vir o almoço, me distrai conversando, espere aqui Trovador. – Pessoal venham para cá, esqueci-me do almoço, agora aproveitamos e fazemos as duas refeições de uma vez. Acho que ninguém estava com fome, toda hora chegava um prato diferente de tira gosto, teve uma vez que veio pãozinho francês e caviar russo, nem comi não gosto do caviar russo, claro que eu não falei nada, senão ele mandava trocar.

     Fez apenas um sinal para o maitre e logo em seguida veio um garçom empertigado e um acompanhante trazendo talheres e pratos e colocando à nossa frente, eu e o mestre tomamos mais um dose cada de Royal Salut sem gelo, o pessoal preferiu tomar mais cachaça. Em seguida já apareceram uma porção de empregados da cozinha todos vestidos de branco e com um chapéu comprido ostentando o brasão inglês e nos serviu. Foi até agradável o bate papo da moçada enquanto jantávamos.

     Terminada à refeição o pessoal se despediu e os acompanhamos até à entrada da mansão, foram acompanhados pelo mordomo até ao portão e uma limusine veio logo em seguida, o pessoal a ocupou e ela se foi, pensei... Isto é que é conde o resto é brincadeira.
     
     Entramos, o mestre subiu comigo até ao quarto me mostrando os troféus, Uma beleza, uma cabeça de elefante com as presa de mais de dois metros, pensei na hora só este marfim dava para eu comprar um carro, a cabeça de um ocapí com os chifres longos, coisa linda, mais a cabeça de um leão, um urso branco tudo pregado na parede, os empalhados Tigre, onças, Um gorila enorme, tamanduá, pássaros, veados até um casal de avestruzes e mais animais pequenos todos parecendo animais vivos.

     Mostrou-me onde era o banheiro, o armário com toalhas brancas e depois mostrou como ligar a televiso de cinquenta polegadas e me recomendando para não dormir tarde, pois, ele gostava de ir cedo para a ilha. Antes de sair ainda me indicou uma campainha para caso eu precisasse era só tocar que no mesmo instante viria alguém me atender.

     Desceu depois de me dizer que ia direto pra cama, pois, estava cansado, mas talvez ainda escrevesse um soneto antes de dormir. - Boa noite Trovador, - boa noite compadre Dílson. Claro ter um compadre conde, não é para qualquer um.

     Tomei um banho caprichado, abri minha mala e peguei um pijama e vesti. Coisas da minha neta eu detesto o tal de pijamas, mas ela insiste que no hospital e na casa dos outros tenho que usar porque é chique... Até aí tudo bem, mas tinha de colocar aquele preto de bolinhas vermelhas? Credo! Bem já veio mesmo, vou usar.

     Pronto para dormir, resolvi ligar a TV e dar um tempo, sou péssimo para dormir, em casa é muito difícil eu ver televisão, só se for jogo ou o jornal, mas ali não tinha computador. Fiquei vendo um filme idiota e antigo “A noviça voadora”, até que bocejei, aí pensei obá quem sabe eu consiga dormir? Desliguei a televisão, me enfiei na cama estava até uma boa temperatura, me cobri com o lençol e apaguei a luz do abajur e acreditem eram vinte e duas horas, eu fechei os olhos e dormi mesmo.
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 04/03/2017
Reeditado em 06/03/2017
Código do texto: T5930553
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.