Um conto que conto, que canto um reencontro
Em algum canto do mundo
Existia um certo alguém
Um grande homem menino
Cujo o conto lhe convém
Alguém de alma carinha
Plumada e quentinha
Era ele elegante e inteligente
E muito, muito interessante.
Vivia junto e só,
Um desconhecido que desejava
desatar, seus próprios nos
Observando os pássaros
Se pegava a pensar
Se um belo dia
pudesse ela encontrar.
Em algum canto do mundo
Existia um outro alguém
Uma pequena grande moça
cujo o conto lhe convém.
Doce, meiga, suave mulher
Uma beleza incerta,
mas que sabe o que quer.
Tinha ela cheiro de flor
Procurava no preto e branco
uma linda cor
Que fitasse seus olhos
e a transbordasse de amor.
Sentada ao banco da praça
se pegava a pensar
Sendo ela como as rosas
Havia uma necessidade
de alguém vir lhe regar
E nessas voltas que o mundo da
veio ambos se esbarrar.
É exatamente agora
que o conto vou cantar.
Ele irresistivelmente
Tomou-lhe a Mao a beijar,
fazendo ela ao seu gesto galante
Logo logo se encantar.
A cada dia que passava
uma rosa a ela ele dava
Tanto era carinho, o cuidado e a ternura
Que sem notar se envolviam aquelas criaturas.
Mas também era fome de paixão
Prazer, loucura e sedução.
Resistir nem pensar,
Impossível dizer não.
Quando entregues sem juízo
Fugiam-lhes a realidade e a razão.
E o que brilhava mesmo era o fogo do tesao.
Brindavam entre si o que sentiam
Com versos, rimas, vinho e emoção.
Com corpos desnudos
E alma despida
Abraçavam,-se mutuamente
Na qual ele se sentia leve
Ela totalmente protegida.
Em algum canto do mundo
Haviam dois alguém
O homem e a mulher
Que encontravam-se reféns
Foi naquela noite escura
que uma luz se ascendeu
bem no exato momento que um beijo nela ele deu.
Foi neste intenso instante onde tudo aconteceu
A afetividade, a flor A dança, o sentido e a cor.
E o amor nasceu...
E este é apenas mais um conto que conto
E que canto . encontro e reencontro, com o coração
Lotado de esperança e os olhos cheios de pranto.