ZÉ DE AÇÚCAR
José era baixinho, magro. Casou-se com uma mulher alta, robusta, enfim, bem maior do que ele.
Tiveram muitos filhos e depois de anos de casados, o relacionamento começou a desandar. Sua mulher, a Raimunda, deu para implicar com o jeito meio sonso do José. Com tantas crianças para cuidar e mais o exaustivo trabalho da casa, ela perdia a paciência facilmente. Além do mais, sentia ciúme do marido e parece que este era o principal motivo.
Depois de muita discussão e mau-humor, Raimunda passou a bater no marido. A vizinhança ouvia o barulho, mas não sabia que José apanhava. Um dia o marido estava a levar uns tabefes da esposa quando os meninos saíram para a rua e começaram a pular e a gritar:
“Mamãe, não bate em papai!”
José percebeu a situação e sentiu que passaria vergonha e humilhação, pois a vizinhança toda iria falar.
Correu ele também para a rua e começou a gritar mais alto que os meninos:
“Mulher, se você não andar direito, vou lhe dar muita porrada!”
“Tome tento, senão vou lhe bater!”
Desse dia em diante, a vizinhança, que percebeu o embuste, passou a chamá-lo de Zé de Açúcar.
José era baixinho, magro. Casou-se com uma mulher alta, robusta, enfim, bem maior do que ele.
Tiveram muitos filhos e depois de anos de casados, o relacionamento começou a desandar. Sua mulher, a Raimunda, deu para implicar com o jeito meio sonso do José. Com tantas crianças para cuidar e mais o exaustivo trabalho da casa, ela perdia a paciência facilmente. Além do mais, sentia ciúme do marido e parece que este era o principal motivo.
Depois de muita discussão e mau-humor, Raimunda passou a bater no marido. A vizinhança ouvia o barulho, mas não sabia que José apanhava. Um dia o marido estava a levar uns tabefes da esposa quando os meninos saíram para a rua e começaram a pular e a gritar:
“Mamãe, não bate em papai!”
José percebeu a situação e sentiu que passaria vergonha e humilhação, pois a vizinhança toda iria falar.
Correu ele também para a rua e começou a gritar mais alto que os meninos:
“Mulher, se você não andar direito, vou lhe dar muita porrada!”
“Tome tento, senão vou lhe bater!”
Desse dia em diante, a vizinhança, que percebeu o embuste, passou a chamá-lo de Zé de Açúcar.