MEMÓRIAS

Sou bancário aposentado, e ao tomar posse no serviço em 1975, amigos meus avisaram de algumas brincadeiras que eles faziam com os novatos.. Uma delas era fazer assinatura de uma revista, distribuída gratuitamente a todos os funcionários.

Os chamados menores aprendizes é que eram sacaneados. Um deles foi encarregado de dar corda na máquina Facit (alguém se lembra dela) a que tinha uma manivela para carregar os cálculos que eram feitos. Outro foi para ele pintar as folhas papel carbono que estavam gastas.

O cliente era considerado o mais importante da agência. Um belo dia ao chegar ao Banco foi

direto à mesa do gerente. Puxou a cadeira para sentar-se, perdeu o equilíbrio e despencou..

Imediatamente saiu da sua mesa e prontamente levantou a cadeira, deixando o cliente sentado no chão.

Um cliente solicitou empréstimo no Banco, mas o último bem que ele possuía era um cavalo., desses pangarés. Como queria ajudar o homem, fez o empréstimo. Passado algum tempo, como o cliente começava a atrasar o pagamento de algumas parcelas, um fiscal foi fazer a vistoria no local. Ao chegar na propriedade não encontrou nem cavalo e nem o dono do animais. Alguns vizinhos informaram ao fiscal que ele se mudara para outro lugar, talvez Minas. O funcionário do banco tascou no laudo de vistoria:

“Cliente não encontrado e sem nenhuma informação do seu paradeiro. Fugiu montado na garantia.”

O exame de saúde era feito anualmente pelo médico credenciado. Ao chegar às Agência, foi consultar os funcionários. No meu caso ele disse;

= Já está na ora de fazer o exame da próstata., pode marcar o dia.,

Para que foi falar isso1 A gozação começou.

- Vê se não vai gostar, hein?

- Aquele médico tem um dedo...

Mas fui, fiz o exame e disse para eles;

- Vocês vão ter a sua hora!