NEM TODA SOGRA É SANTA!
Nem toda sogra é santa, nem todo genro merece confiança e nem toda a nora é pura.
Conta a lenda da urbanidade moderna, no entanto, que merecem elas serem culpadas inclusive pela coroa de espinhos e pregos aplicados em Jesus Cristo. A par do que esse diria, talvez, até as inocentando de todas as culpas e nos convidando a perdoar não apenas sete, mas setecentas vezes sete milhões de vezes, façamos de simplesmente testemunhar mais um caso entre sogra e genro.
Atanagildo era do tipo homem clássico. Daqueles que gosta de futebol aos domingos, cerveja com os amigos e sempre deixa para depois aquilo que deveria ter que fazer antes de ontem. Rosália, sua distinta e adorada esposa, tinha com ele uma paciência de Jó elevada à enésima quinta potência, porém, certos eventos era melhor que não se deixe passar em branco.
Todo reparo doméstico que ele prometia, Rosália deveria lembrar e recordar não apenas uma, mas pelo menos uma dúzia de vezes. E não foi diferente com um parafuso da cozinha que bastava dar umas voltinhas a mais para ficar perfeito a segurar qualquer coisa. O danadinho já havia derrubado três pequenos quadrinhos, daqueles baratinhos que Rosália comprava na feira do bairro a título de enfeitar a cozinha singela, miúda, porém dignificada com a limpeza e os excelentes dotes culinários da dona da casa.
Estressada com o tempo, eis que o parafuso ficou muito tempo sem derrubar o último quadro ao que ganhou a confiança de Rosália. Resolveu pendurar ali um relógio de parede, dos baratos, de plástico, mas que lhe apontaria a hora certa para que soubesse quando tirar ou por algo no fogo ou no forno.
Satisfeitíssima, esqueceu-se do mesmo que ficou dias por lá. Um dia Atanagildo chegou do trabalho todo cansado e suado por infinitas desfeitas do chefe que não lhe cansava de cobrar o inatingível. Estressado pelas metas, estava disposto a falar qualquer coisa que lhe viesse na cabeça e a ser pouco gentil com quem quer que fosse. Assim que deixou o paletó na cadeira da cozinha, ouviu a esposa queixosa, embora doce:
- Querido, deixei mamãe sentada na cadeira e o relógio despencou quase batendo na cabeça dela...
Esgotado, deixou sair o que lhe custou várias noites no sofá e dois bilhões de pedidos de desculpa:
- Esse bichinho tá sempre chegando atrasado!...
(Gostou? Leia mais textos como esse em nosso O Homem que Não Bebia Cerveja!)
Nem toda sogra é santa, nem todo genro merece confiança e nem toda a nora é pura.
Conta a lenda da urbanidade moderna, no entanto, que merecem elas serem culpadas inclusive pela coroa de espinhos e pregos aplicados em Jesus Cristo. A par do que esse diria, talvez, até as inocentando de todas as culpas e nos convidando a perdoar não apenas sete, mas setecentas vezes sete milhões de vezes, façamos de simplesmente testemunhar mais um caso entre sogra e genro.
Atanagildo era do tipo homem clássico. Daqueles que gosta de futebol aos domingos, cerveja com os amigos e sempre deixa para depois aquilo que deveria ter que fazer antes de ontem. Rosália, sua distinta e adorada esposa, tinha com ele uma paciência de Jó elevada à enésima quinta potência, porém, certos eventos era melhor que não se deixe passar em branco.
Todo reparo doméstico que ele prometia, Rosália deveria lembrar e recordar não apenas uma, mas pelo menos uma dúzia de vezes. E não foi diferente com um parafuso da cozinha que bastava dar umas voltinhas a mais para ficar perfeito a segurar qualquer coisa. O danadinho já havia derrubado três pequenos quadrinhos, daqueles baratinhos que Rosália comprava na feira do bairro a título de enfeitar a cozinha singela, miúda, porém dignificada com a limpeza e os excelentes dotes culinários da dona da casa.
Estressada com o tempo, eis que o parafuso ficou muito tempo sem derrubar o último quadro ao que ganhou a confiança de Rosália. Resolveu pendurar ali um relógio de parede, dos baratos, de plástico, mas que lhe apontaria a hora certa para que soubesse quando tirar ou por algo no fogo ou no forno.
Satisfeitíssima, esqueceu-se do mesmo que ficou dias por lá. Um dia Atanagildo chegou do trabalho todo cansado e suado por infinitas desfeitas do chefe que não lhe cansava de cobrar o inatingível. Estressado pelas metas, estava disposto a falar qualquer coisa que lhe viesse na cabeça e a ser pouco gentil com quem quer que fosse. Assim que deixou o paletó na cadeira da cozinha, ouviu a esposa queixosa, embora doce:
- Querido, deixei mamãe sentada na cadeira e o relógio despencou quase batendo na cabeça dela...
Esgotado, deixou sair o que lhe custou várias noites no sofá e dois bilhões de pedidos de desculpa:
- Esse bichinho tá sempre chegando atrasado!...
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