O ùltimo dos boleiros...Dois
Treinando atualmente três garotos do CAVY.,Wellington 19 anos 1,87 de altura "afro descendente" recém-saído da vida na caserna. com uma boa forma física e atlética, e Jefinho quase "afro descendente" 18 anos 1,85 corpo atlético, também com boa forma física, mas aprendendo como respirar em atividades físicas e em jogos, e o Lucas 20 anos de estatura média e ótimo preparo físico, e bom filho as vezes não pode treinar para ajudar sua mãe que sofreu uma cirurgia, e seu pai na montagem da oficina mecânica própria.
Esses treinos que serve para aprimorar tecnicamente os fundamentos e para eles que tem tempo livre, treinamos no parque da cidade, três vezes por semana. E sempre antes de iniciar as atividades, sempre da tempo para uma resenha(Casos envolvendo o futebol) e ao mesmo tempo esperando eles tirarem seus apetrechos, brincos, correntes, relógios, piercings, proibido por mim nos treinos. além de palavrões e gírias, mas são bons garotos, a cultura que mudaram os hábitos, no meu tempo não tinha nada disso, talvez um cabelo mais comprido e o calção tinha que ser "justo". fora isso a paixão era jogar futebol, sem se preocupar com a estética.
Contei um "causo" que aconteceu em Minas, na cidade de Baependi em 1972, um segurança do banco em que eu trabalhava, arrumou um jogo para o nosso time que era o Madureira do bairro São João de Jacareí SP. Um time formado por jovens do bairro, eu tinha uns vinte anos, jogava no segundo quadro como goleiro. Ônibus de primeira, uma viagem cheia de curvas, alguns passando mal, mas chegamos! Era um vilarejo que fabricava queijos artesanais, e tinha uma festa religiosa e atração principal era o jogo do ano o time da vila contra o Madureira de Jacareí, dois quadros.(primeiro e segundo quadro nome que se dava, como aspirante e principal).
Tudo pronto arbitro e bandeirinhas da casa (Não ia dar certo!) muita torcida em volta do campo, composta por fazendeiros e famílias da região, era uma festa em homenagem a um santo, que não me lembro qual.
Primeiro tempo sete a zero para o nosso time. Acabou o jogo o dono tirou o time de campo e deu por encerrado, desistiram! Tudo bem eles mandam, vamos para festa então! Que nada, só podia degustar nas barracas somente após o jogo final! Ficava cada vez mais estranho! Entrou o time principal em campo, mas com mudança de bola, em vez da tradicional bola oficial numero cinco, o dono do time adversário e que também jogava, trocou a bola oficial por uma de numero três, nem time infantil jogava com aquela bola. E argumentou ainda: se quiser é com essa bola que estamos acostumados a jogar, caso contrário podem desistir e damos o jogo como vitória nossa! Fomos ao jogo, primeiro tempo encerrado oito a zero para nós! Desistiram de novo, alegando que estava escurecendo.
Moral da história, acabou o jogo não teve festa para nosso time, e como o ônibus ficou longe da vila, pois o mesmo não passava pelos mata burros, tivemos que voltar a pé até o ônibus no escuro e com fome, sendo que na ida eles nos levaram de carros tipo caminhonetes.
Coisas do futebol amador! Vamos bora! bora! Vamos, e começa o treino......
Até o próximo capitulo... O Último dos boleiros...