A mula e o cigano

Eu andava montado em um jegue no mês de setembro em pleno sertão. O sol chega tremia em pleno meio dia por aí você espia o tamanho do calorão. Quando de repente avistei um monte de gente, vindo em minha direção. Percebi que era cigano, imaginei que logo teria confusão. Apeie ganjão... Vamos negociar, disse o chefe do bando ao me cumprimentar. Tenho tudo do bom e do melhor que há pra se vender ou pra trocar quem manda é o ganjão. Veja aquela burra, têm sete palmos de altura, mansa que é uma doçura qualquer mulher pode montar. Quando me aproximei da burra no meio dos outros animais. Achei que já a conhecia de outros carnavais. E não era quem eu estava pesando! A burra que o cigano queria me vender. Era madrugada, a burra mais afamada que tinha na região. Boa de carga, de gado e de estrada, não tinha melhor que ela não. E pra completar a história, a burra era minha, tinha sido roubada fazia um tempão. Eu disse cidadão, essa burra é minha e eu estou é procurando o ladrão que a roubou de mim. Veja esta marca que esta no jumento é à mesma que tem na burra e é minha. É conhecida em toda região. O cigano se espantou quis da uma de valente, disse que não era ladrão e seu povo era decente. Eu falei vamos à polícia para resolver o caso, Ouvir quem tem razão da boca do delegado. Ele mudou o tom e uma história inventou que tinha recebido a burra em troca de um motor e o ex-dono da burra no rio se afogou. Eu disse a burra é minha e eu quero receber vamos levar o caso para o delegado resolver. Ele ficou pensando e disse eu tenho a solução. A sua burra é valiosa e eu lhe entrego em suas mãos, lhe livrei do prejuízo, mas quero uma compensação, não posso perder por completo a minha negociação. Vamos dividir no meio meu prejuízo e o seu. Me de esse jumento pra resolver a peleja e acabar a confusão. Assim vamos embora cada um em sua direção e morre a história da burra que foi levada por um ladrão. Fiquei com pena do jegue que nunca mais eu ia ver. Mas me lembrei de um conselho que muito ouvir dizer. Que é melhor ficar sem o anel... Que o dedo perder!

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 05/05/2016
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