Franqueza
Em um momento lá pelos anos 1940/1942 não sei bem, mas isso não vem ao caso. Meu tio João levou um amigo da cidade lá no sítio de meus avós. Assim como ele conhecia a família do amigo, retribuiu a cortesia do companheiro apresentando sua família como sinal de amizade e consideração.
Como é de costume, minha avó convidou-o a sentar-se à mesa e serviu-lhe o café.
O rapaz tinha levado consigo uma cachorrinha presa a uma corrente.
Bom de prosa, desinibido, bem articulado. Conversava, tomava o café, e vez em quando dava um naco de pão à cachorrinha que estava ao seu lado.
Bem, meu tio Miguel era mais novo, criança ainda, reparava na atitude do visitante, é pelo que parece, não aprovava aquele comportamento da visita. O costume e ordem da casa era que os cachorros e todos os outros animais ficassem do lado de fora da casa.
Bem, ele não se aguentou, ai soltou a bomba:
- “Nem pros cachorros de casa nóis da pão, né mãe”!?!?!?!