OS DOIS LADOS DA MOEDA

OS DOIS LADOS DA MOEDA – por Olavo Nascimento

O PRIMEIRO LADO DA MOEDA

-- NA PRÓXIMA PROVA EU QUERO VER VOCÊ SENTADO AQUI NA FRENTE!!!

O tom ameaçador e bem maternal da professora soou como um desafio para o menino. A professora, D. Edwiges, era uma senhora mulata com a sobriedade dos seus 50 anos. Seu rosto afilado mostrava dentes claros e bem cuidados que pareciam maiores que a boca que pouco sorria. Seus olhos negros e faiscantes, aumentados por duas lentes grossas de seus óculos, demonstravam firmeza e dignidade de caráter. Seus cabelos encrespados e grisalhos terminavam amarrados num coque atrás da cabeça. Era uma mulher esguia, elegante, de caminhar tranquilo e voz suave que, dependendo da situação, se tornava enérgica e cheia de autoridade.

Estávamos nos dois primeiros meses letivos do ano de 1953 e o menino com dificuldades de absorver os estudos na quarta série primária. A Escola João Kopke, situada numa rua da zona norte no bairro da Piedade na cidade do Rio de Janeiro, por não estar perto da sua casa, obrigava uma boa caminhada do menino nos dias de aula. Era um menino franzino, estudioso, bom de memória e que pouco falava. Parecia esconder uma tristeza profunda em seus olhos cabisbaixos num rosto branco de pele tostada pelo sol.

-- NA PRÓXIMA PROVA EU QUERO VER VOCÊ SENTADO AQUI NA FRENTE!!! Esse foi o tom. D. Edwiges esperou todos os alunos saírem após o término de mais uma aula, ordenou que o menino esperasse, fechou a porta, sentou-se frente-a-frente com ele e começou:

-- VOCÊ NÃO GOSTA DA MINHA AULA? TEM ALGUMA COISA CONTRA MIM? Perguntou preocupada.

O menino corou, abaixou a cabeça e balbuciou: -- NÃO SENHORA. EU GOSTO DA SUA AULA.

Ela: -- ENTÃO PRECISO SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

Ele: -- NÃO ESTÁ ACONTECENDO NADA.

Ela: -- ESTÁ SIM!!! SABE POR QUÊ? EU ESTOU AQUI COM O SEU HISTÓRICO NA ESCOLA DESDE A PRIMEIRA SÉRIE E VOCÊ SEMPRE FOI UM BOM ALUNO. SEMPRE SENTOU NA FRENTE COMO TODOS OS MELHORES. DIGA PRA MIM O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

Ele, envergonhado e com lágrimas nos olhos: -- É QUE ESTOU SEM TEMPO PARA ME DEDICAR. TENHO QUE ACORDAR CEDO PARA TRABALHAR.

Ela admirada: -- MAS QUE TRABALHO É ESSE PARA UMA CRIANÇA DE 11 ANOS?

Ele com mais coragem: -- É COMO CAIXEIRO NA QUITANDA DO SEU ANTÔNIO PORTUGUÊS. ABRO A QUITANDA COM ELE ÀS 7:00 HORAS DA MANHÃ E FICO ATÉ ÀS 12:00 HORAS. ATENDO AS FREGUESAS NO BALCÃO E ENTREGO AS COMPRAS EM SUAS CASAS.

Ela mais abismada ainda: -- E PORQUE ISSO? VOCÊ É MUITO NOVINHO PRA ESSE TIPO DE SERVIÇO.

Ele com mais confiança em se abrir: -- É QUE O MEU PAI ABANDONOU A GENTE, SOU O MAIS VELHO DE OUTROS DOIS IRMÃOS E PRECISO AJUDAR A MINHA MÃE QUE LAVA E PASSA ROUPAS PARA FORA.

Ela quase baqueou, mas continuou: -- VOCÊ ESTÁ DEMONSTRANDO QUE É UM BOM FILHO AO PREJUDICAR OS SEUS ESTUDOS COM ISSO. MAS ENTENDO QUE VOCÊ TEM QUE SE INTERESSAR, ESTUDAR E SENTAR AQUI NA FRENTE.

Ele: -- EU SEI DISSO E QUERO MUITO. MAS ESTÁ MUITO DIFÍCIL. O TRABALHO ME CANSA E ATÉ PROVOCA ALGUMAS FALTAS NA ESCOLA. ESTOU SEM VONTADE DE CONTINUAR.

Ela mais preocupada ainda: -- VOCÊ NÃO VAI ABANDONAR AS AULAS PORQUE EU VOU LHE AJUDAR. SE FOR PRECISO NÓS FICAMOS DEPOIS DO HORÁRIO PARA REVISAR AS MATÉRIAS.

Ele agradecido: -- MAS ISSO É UM SACRIFÍCIO PARA A SENHORA.

Ela: -- NÃO É SACRIFÍCIO. É DEDICAÇÃO MEU FILHO. É A SATISFAÇÃO QUE EU TENHO EM ENSINAR E ENCAMINHAR OS MEUS ALUNOS PARA A VIDA. EU NÃO QUERO VÊ-LO CARREGANDO CAIXOTES POR SUA VIDA. ISSO NÃO É FUTURO PRA NINGUÉM. EU QUERO QUE VOCÊ VÁ ATRÁS DE SEUS SONHOS E QUE LUTE PARA SUAS REALIZAÇÕES.

O menino entendeu muito bem o que ela estava dizendo. Apesar da sua idade, as dificuldades e carências da sua infância, fizeram-no amadurecer muito cedo e ter mais discernimento do que muitos garotos da sua idade. Levantou os olhos, agora com mais firmeza e confiança e respondeu: -- EU SEI DISSO PROFESSORA, MAS O QUE EU POSSO FAZER? A MINHA MÃE E IRMÃOS PRECISAM DE MIM. SEMPRE GOSTEI DE ESTUDAR E TIRAR BOAS NOTAS, PORQUE DESDE CEDO GOSTO DE VENCER E CHEGAR À FRENTE.

Ela: -- E PORQUE AGORA VOCÊ ESTÁ DESISTINDO DISSO? EU NÃO VOU DEIXAR ISSO ACONTECER. SE VOCÊ QUISER, VOCÊ PODERÁ TRABALHAR, ESTUDAR, BRINCAR E ENCHER ESTA SUA PEOFESSORA DE ORGULHO. LEMBRE-SE: NADA CAI DO CÉU E SÓ VENCE NA VIDA QUEM PROCURA MELHORÁ-LA COM ESFORÇO E DETERMINAÇÃO. E VOCÊ MERECE VENCER.

O menino levantou-se, chegou-se à professora e a abraçou com carinho: -- A SENHORA ACABOU DE DIZER O QUE EU SEMPRE QUIS OUVIR DOS MEUS PAIS. A SENHORA REABRIU O MEU CAMINHO. A SENHORA ACABOU DE ME SENTAR NAS PRIMEIRAS CARTEIRAS AQUI DA SALA.

Ela: -- ESTAVA QUERENDO LEVAR UMA CONVERSA COM A SUA MÃE, MAS JÁ VI QUE NÃO VAI SER PRECISO. ACREDITO QUE VOCÊ NÃO VAI ME DECEPCIONAR. TODOS OS ALUNOS QUE EU TIVE NA VIDA, SÓ PASSARAM DE ANO SABENDO. E AQUELES QUE EU REPROVEI, NÃO PASSARAM DE ANO PORQUE NÃO MERECIAM. É COM MUITO PESAR QUE REPROVO UM ALUNO, MAS ISSO FAZ PARTE DA MINHA PROFISSÃO. POR QUESTÃO DE HONESTIDADE E DIGNIDADE, NÃO POSSO ENGANAR NINGUÉM COM UMA DECISÃO ERRADA. PORTANTO, LEMBRE-SE BEM: VOU FAZER DE TUDO PARA AJUDÁ-LO COMO FAÇO COM OUTROS COLEGAS SEUS, MAS SE VOCÊ NÃO FIZER POR ONDE, INFELIZMENTE VOU REPROVÁ-LO. NÃO DEIXE QUE ISSO ACONTEÇA.

A mestra lançou um beijo carinhoso no rosto do menino, passou a mão em sua cabeça e encerrou a conversa.

Os dias correram com mudanças no comportamento do menino, que passou a se interessar pelas matérias ao estudar nas horas vagas, sem deixar de procurar a D. Edwiges para dirimir as suas dúvidas. D. Edwiges era professora de todas as matérias daquela série que englobavam matemática, linguagem portuguesa (com redação e ditados), conhecimentos gerais (ciências, geografia, história do Brasil) e moral e cívica.

Com esta professora, o menino aprimorou a maneira de estudar. Ela dizia que não se aprende decorando questões, mas entendendo o que elas estão pedindo. Há muitas maneiras de se responder certo uma questão, usando palavras e frases diferentes com a mesma finalidade. Ela dizia que, quando não tivermos certeza ao escrevermos uma palavra é melhor trocá-la por um sinônimo ou procurá-la no dicionário. Dizia também que o erro é a melhor maneira de se aprender, porque ao se descobrir o erro, aquele não se erra mais.

Pois bem: o tempo passou, os meses chegaram e as provas também. Logo no primeiro mês após aquela reunião, o garoto já chegou à frente junto com os oito melhores. E foi assim, até o final do ano, quando disputou mês a mês, a primeira colocação com o Tupinambá, um menino bom de estudo também.

No final do ano letivo, D. Edwiges ao se despedir dos seus alunos com presentes, abraços e recomendações, destinou ao seu aluno recuperado, o livro "O Pequeno Príncipe de Antoine Saint-Exupéry". O livro é uma publicação que, à primeira vista, parece ter sido destinada para crianças, mas que na definição de seu autor, "é um livro urgentíssimo para adultos".

Este livro, que foi publicado pela primeira vez em 1943, que já foi traduzido para mais de 150 línguas e que já vendeu milhões de exemplares, é uma extraordinária sobrevivência literária. Causa encanto a história do piloto cujo avião cai no deserto do Saara, onde ele encontra um príncipe; "um pedacinho de gente inteiramente extraordinário" que o leva a uma jornada filosófica e poética através de planetas que encerram a solidão humana em personagens como o vaidoso, capaz de ouvir apenas elogios; o acendedor de lampiões, fiel ao regulamento; o bêbado, que bebia por ter vergonha de beber; o homem de negócios que possuía as estrelas contando-as e encontrando-as em ambição inútil e desenfreada; a serpente enigmática; a flor a qual amava acima de todos os planetas.

... E a dedicatória da professora foi o despertar do piloto do livro, quando diz:

"Na primeira noite adormeci, pois sobre a real, a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que o náufrago numa tábua, perdido no meio do mar. Imaginem então a minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:- Por favor desenha-me um carneiro!"

E ESTE CARNEIRO QUE O MENINO DESENHOU E GUARDOU PARA SEMPRE, ERA UM DOS VÁRIOS CARNEIRINHOS CONTADOS EM SUAS INSÔNIAS. E ELE NUNCA DEIXOU DE LUTAR PARA QUE SEUS SONHOS SE TORNASSEM REALIDADE ATÉ OS DIAS DE HOJE.

"A realidade que a vida nos pede, sem a desistência dos sonhos, tão bem difundida ao aluno pela professora"

===================================================================================

O OUTRO LADO DA MOEDA

-- VOCÊ NÃO TEM VERGONHA EM FAZER A PROVA NESTE TIPO DE PAPEL? VOCÊ É BEM DESLEIXADO HEM!!!

O tom áspero e nada amistoso da professora provocou uma reação imediata do menino. A professora, D. Lia, era uma bela mulher loura de olhos azuis e corpo escultural. Aparentava vinte e poucos anos e andava sempre bem vestida numa elegância sóbria e sem extravagância. Sua voz era clara e bem pausada ao ensinar com paciência a sua matéria: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA.

Estávamos no ano de 1956 e o menino estava cursando no turno da noite, o CAD-4 (correspondente à primeira série do ginásio na época), na Escola Modelo do SENAC situada na rua mais movimentada do bairro do Riachuelo, também na zona norte do Rio. O menino, agora com 14 anos, optou pelo turno da noite para ter mais tempo de estudar na parte da tarde.

Apesar de tudo, D Lia era uma boa professora. Com ela o menino aprendeu certas coisas que nunca esqueceu como grafias corretas de palavras e dicas importantes, a saber:

- ínterim ao invés de “interím”, rubrica ao invés de “rúbrica”, o champanha ao invés de “a champanha”; pneu é uma palavra monossílaba e não se separa as sílabas; a crase é facultativa antes dos pronomes possessivos femininos (a sua, a nossa ou às suas ou às nossas); palavras terminadas com os sufixos "isar" ou "izar" (anal-isar, catequ-izar - repare que ao se separar os sufixos, quando o prefixo forma uma palavra, são com "S", e quando não forma é com "Z"); a dica da LoNaRoXa que determina que todas palavras paroxítonas terminadas com L, N. R e X são acentuadas. Ex: MÍSSIL, HÍFEN, MÁRTIR E ÔNIX). Mas...

-- VOCÊ NÃO TEM VERGONHA EM FAZER A PROVA NESTE TIPO DE PAPEL? VOCÊ É BEM DESLEIXADO HEM!!! Esse foi o tom, que causou risos e chacotas de vários colegas da turma. A gozação foi geral.

Mas o menino reagiu imediatamente:

-- O IMPORTANTE PROFESSORA, NÃO É A QUALIDADE DO PAPEL. É A PROVA QUE EU VOU FAZER!!!

Este foi o seu desafio cheio de revolta e determinação, confiante no conhecimento da sua matéria preferida. O menino gostava de ler, de escrever e descobrir soluções para as suas dúvidas. Ele tinha certeza de fazer boa prova pelas questões que já tinha visto. Questões como concordância, análise sintática, pronomes, conjugação de verbos, conjunções, preposições, ditados, redação e autores, obras e fases da literatura brasileira eram assuntos que ele não tinha muita dificuldade. A maioria das questões foi respondida na primeira parte da prova e a última parte veio a calhar para a sua resposta à professora. O tema da redação era "QUEM SOU EU?"

Ao terminarem as questões, assim como o menino, os alunos devolveram as provas à mesa da professora e se retiraram.

Na aula seguinte, D. Lia devolveu as provas corrigidas com as notas para seus alunos, com exceção pra aquele menino que ela fez questão de, uma parte, ler bem alto para a turma. Ficou de pé no meio da sala, pediu silêncio e falou:

-- No dia da prova eu cometi um engano e um grave erro. Eu vou ler pra vocês a redação que está aqui na minha mão e vocês vão saber de quem estou falando. Prestem bem atenção para não cometerem, ao longo de suas vidas, o mesmo erro que cometi. E ao ler estas palavras, quero dizer que, junto com elas, está o meu sincero pedido de desculpas pela minha atitude e também, o agradecimento pelo ensinamento que elas me concederam. Aqui está a bela redação que tive o prazer de provocar:

"QUEM SOU EU"

"Eu poderia ser um pequeno pássaro amarelo da cor do ouro pedindo, com o seu canto mavioso, que o seu prisioneiro o libertasse da sua gaiola. Eu poderia ser um peixe implorando ao seu pescador para deixá-lo respirar o oxigênio na água, ao invés de ser fisgado na boca pelo seu anzol. Eu poderia ser um cervo mais veloz que o leopardo para não ser pego por suas garras.

Mas não sou nada disso. Eu sou fruto de um olhar, de um sorriso, de uma paquera, de uma conversa, de um encontro, de um beijo, de uma paixão e de um ato de amor, sem ter certeza que neste ato existiu amor. Eu fui gerado por uma flecha que atingiu o alvo, fiquei acondicionado dentro de um frasco macio e aconchegante e vim ao mundo antes do tempo. Que pressa!

Alguém me disse que eu era muito pequeno (que novidade!), feio, raquítico e chorão. Andava de colo em colo e me chamavam de lindo, bonitinho e gracinha só para agradar a minha mãe.

Eu não pedi pra nascer, mas como já nasci, preciso fazer o melhor para aproveitar este dom de Deus que é o nascimento, a vida. Desde cedo luto com dificuldades para vencer e realizar meus sonhos. Trabalho como balconista e caixeiro na parte da manhã e o dinheiro todo que recebo entrego para a minha mãe suportar as despesas. Preciso de condução para chegar a esta escola e, por falta de dinheiro, chego aqui pulando de bonde em bonde, correndo perigo de acidentes. É uma dificuldade enorme que não me esmorece, porque sei que esse meu sacrifício será compensado mais tarde, com os estudos que eu quero concluir.

E O QUE ACONTECEU HOJE? Cheguei aqui com um papel almaço todo amarelado e amassado, cedido por um colega da minha vizinhança, por não ter conseguido a folha através de um pai ausente ou da mãe sem condições. Fui chamado de desleixado e ainda tenho que saber quem sou eu. QUEM SOU EU?

Talvez eu não saiba dizer quem sou, mas posso dizer com certeza quem eu quero ser. Quero ser alguém que viva com dignidade, que vença na vida sem atropelar outras pessoas. Que consiga seus objetivos por méritos e competência sem ferir ou menosprezar o seu semelhante. Que traga sempre o amor em seu coração e seja solidário com quem necessita de ajuda ou de uma palavra amiga. Que não julgue as pessoas com afirmações apressadas e sem sentido.

"EU" SOU "EU" PROFESSORA. ESSE "EU" É O MEU EGO. É A MINHA MENTE. E É COM ESSA MENTE QUE EU CONVERSO TODOS OS DIAS. EU FALO COM ELA E ELA ME RESPONDE. ELA ME REPREENDE, ME ELOGIA, ME ACONSELHA E ME FAZ CRESCER. ELA ME FAZ DORMIR COM A ESPERANÇA DE DIAS MELHORES NO FUTURO. ELA ME DÁ FORÇAS INCLUSIVE, PARA SUPORTAR A INJUSTIÇA DE HOJE E DAR A VOLTA POR CIMA COMO ESTOU DANDO AGORA."

... ‘E que sejamos felizes com as mudanças que hão de vir pelas reflexões trazidas por nossas mentes."

A professora devolveu a prova corrigida para o menino dizendo:

-- AQUI ESTÁ A SUA PROVA E, PELA SUA NOTA, VOCÊ MOSTROU PRA MIM QUE O IMPORTANTE FOI A PROVA QUE VOCÊ FEZ. PARABÉNS PELO SEU ÓTIMO 9,2. Bateu palmas para o menino e a turma acompanhou.

---------------------------------------------------------------------

CONCLUSÃO:

Estas duas situações poderiam muito bem ser chamadas de "DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS" ou "REAÇÕES DO MENINO". São duas posições diferentes que obtiveram um resultado feliz. Tanto o presente da D. Edwiges, como as desculpas da D. Lia, coroou a perseverança e a força-de-vontade do menino vitorioso.

=====================================================================

POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 21/10/2015
Código do texto: T5422524
Classificação de conteúdo: seguro