Aconteceu em Matão de baixo!

“Ganancia coletiva”

Neste vilarejo todos que chegavam eram clivados pelos olhares dos moradores. Certo dia na pensão de seu Cabraza, chega um rapaz bem trajado, chamou atenção de todos presentes, a maneira como foi pago, e os dias reservados. Na verdade os curiosos queriam saber o que procurava por aquelas bandas. No outro dia enquanto cada um se ocupava com seus afazeres, o visitante continuava fechado no seu aposento, dizia na ficha profissão Químico, mas este passava o dia fechado em seu quarto, saindo só para as refeições. Costumava sentar em uma mesa bem isolada de todos, e ficava escutando atentamente os demais. Passado uma semana, em uma tardinha, quase noite, ele saiu, e foi na praça central aonde tinha uma lanchonete, esta era ponto dos solteirões, namorados (as), desquitados enfim, alguém que estivesse querendo arrumar uma companhia colorida. Fez amizade com filho do fazendeiro, farmacêutico e o coletor, dizendo que transformaria ossos humanos em ouro, e que somente os três poderiam ver e aprender o processo dessa metamorfose. No momento ambos acharam estranho, mas pagariam pra ver. Depois daquela noite, o teste foi um sucesso, pasmo, no dia seguinte o químico mesteiroso desapareceu. No vilarejo algo inusitado acontece, no cemitério municipal que se fazia jus o nome, campo da paz, amanheceu com todos os túmulos violados. Foi uma comoção coletiva, a população se reúne, apesar da delegacia local ter um contingente efetivo reduzido, dois cabos, e um escrivão, deram prioridade para esse episódio do campo da paz. Não demorou, dois estavam detidos, eram o filho do fazendeiro e o coletor. Mais que depressa a notícia se espalhou, quase toda a população estavam na delegacia, para falar com os dois encarcerados. Confusão formada, discussão e muitos falando ao mesmo tempo, da parte dos dois presos o filho do fazendeiro dá um grito: Pessoal, para esquecerem tudo, nós vamos ensinar o truque de como se transforma os ossos humanos em ouro, mas fiquem sabendo que quem veio com esta fórmula foi o Químico fujão. Com essa breganha todos concordaram. Na noite seguinte, com exceção um homem que cambaleava de tão bêbado, este ficava andando de um canto a outro, todos que estavam no protesto revirava os estrosos e quebravam novas jazidas em busca de ossos.

Jova
Enviado por Jova em 14/08/2015
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