Investigador e sua mulher!

No decorrer dos dias a profissão de Amparo provocava inúmeras surpresas, mas esta mexeu com o experiente detetive. Amparo no final do ano completaria dez anos de atividade, era muito respeitado pelos colegas de serviço, com a voz serena e olhares atento na pessoa, corpo atlético, sua altura chamava atenção, com seus dois metros e cinco centímetro, apelidado de gigante pela equipe de trabalho, nem tava ai pelos risos da galera. Com seus trinta anos, formava um casal perfeito com a jovem Célia, ambos considerava ter um lindo troféu em casa, a garotinha Paola, apesar de ter completado seus três aninhos, era considerada muito esperta pela sua pouca idade. Numa manhã de segunda-feira ensolarada, e como estavam em pleno verão, tudo indicava que o calor dominaria boa parte daquele dia. Amparo como de costume chegava cedo em seu escritório. Nisso entra uma jovem mulher, como de praxe pedindo sigilo nas conversas, e deixava transparecer um certo nervosismo, ficava todo o momento observando se estava sendo seguida, analisando os honorários contratou os serviços deste detetive, mais com uma ressalva, não poderia de hipótese alguma, seu caso outro fazer investigação. Tudo acertado, começaria no próximo final de semana seguir os passos de seu marido, o desenrolar somente seria revelado na sua presença, todas quarta feira ela viria, pessoalmente seria informada daquele estranho sumiço de seu esposo quase todos finais de semana, dizendo que tinha reunião na capital, onde sua firma tinha uma filial. Amparo munido da agenda da sua cliente, preparou os apetrechos, já que nesse próximo final de semana terá atividade de campo. Por força da profissão, não tinha por habito dizer ou justificar suas ausências para a esposa, mas aquele dia sentia uma força danada em quebrar as regras, porém o profissionalismo falava mais alto, com esse dilema ficava observando a todo momento sua esposa, notou que esta parecia feliz quando via ele preparando os equipamentos para uma nova jornada. Chegou o dia, um sábado chuvoso, depois do café deu um abraço apertado na filha, um beijo demorado na companheira, notou que algo estava acontecendo, mas nem com seu filem de um renomado investigador saberia o motivo daquela sugestão. Entrou no carro, saindo apresado, tinha que passar no escritório, e ver agenda para semana que vem. Estava acomodado num escombro em frente a um motel, que sua cliente suspeitava que era esconderijo de seu marido, dali com o binóculo podia perfeitamente ver sua “caça”. No reflexo da lente algo estranho, sente que está levitando mesmo sentado, uma dor na cabeça intensamente se espalha pelo pescoço, e vendo os sinais o coração bate mais forte, procura afirmar à visão, não tem dúvida, a companheira da sua isca é sua Célia.

Jova
Enviado por Jova em 12/08/2015
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