Conto sobre ótica de um lunático!

Naquele canto todos os dias, na mesma hora fazia presente, acompanhado de seus apetrechos, uma bacia de água, um canudo de bambu medindo uns trinta centímetros, um pedaço de sabão. Misturava água com o sabão, e ia mexendo até aparecer várias boias. Logo que ocorria essa interação, aonde os químicos dão nome de mistura composta, o Pai da matéria, como era chamado pelos colegas da clínica, aproveitava o movimento do ar, e soltava várias esferas, mas uma ele apelidava de “meu mundinho”. Um residente de psiquiatria, vendo aquela cena se repedir todos os dias, se interessou em saber que acontecia num “mundo fantasmagórico”, e pede com jeito para que este falasse, ou narrasse os acontecimentos. Pasme! Primeira narrativa se deu num ambiente aonde todos diziam se amar quando estavam juntos, individual cada um pra si, Deus pra todo, depois alegres, felizes cumprimentavam uns aos outros, mas ao recolher-se deprimiam ao extremo, em fim à maioria recorriam aos antidepressivos, ou farmacologia não recomendadas pelas autoridades competentes, já mais poderiam passarem imagem de alguém infelizes, viver nessa sociedade era primordial seguir as regras, e ser fiel aos bons princípios para serem bem-vistos. Quando chega o crepúsculo da vida, entram todos numa face coletiva dos chamados “estorvos” ou sendo bananeira que deu cacho, mas nessa paranoia o futuro psicanalista houve um relato que aguçou ainda mais seu intelecto, que haviam alguns habitantes naquele planetário que faziam ser exceções às regras, viver para eles eram uma dadiva, o tempo não interferiam nos seus sentimentos, o amor eternizavam de tal maneira que sorriam quase constantemente, ao ponto de causar uma paz interior, levanto ao repouso seguido de sonho profundo. Escrevendo seu relatório para apresentar em um simpósio da faculdade, o jovem estudante termina dizendo, “Na vida moderna, a normalidade sempre deixa brechas para as controvérsias”!

Jova
Enviado por Jova em 30/07/2015
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