O impasse das crenças
João um garoto de 12 anos chega em casa e fala para seus pais:
-- O meu professor de história nos falou várias coisas contrárias daquelas que vocês nos contaram.
--- O que meu filho, que ele nos contradisse (a mãe foi a primeira a perguntar)
--- Por exemplo: ele falou que Adão e Eva era um mito, que a Bíblia não é o livro mais importante, que a noção de Deus está muito mal interpretada, a história de Jesus não é assim que alguns interesseiros contam!...
A mãe de João ficou estática, o pai paralisado tudo se resumiu em pouquíssimos segundos até mesmo os pensamentos do pai e da mãe, estava detalhadamente escrito, os dois pensamentos incrivelmente iguais:
-- Meu Deus, todos os nossos ensinamentos sobre os assuntos espirituais que demos ao nosso filho irão por água à baixo?
A mãe foi a primeira a romper o silêncio dizendo:
-- Meu filho, acredite, tudo o que nós dissemos é verdade, o mundo não é nada sem Deus, os homens precisam seguir os ensinamentos sagrados que estão neste livro tão maravilhoso, que é a Bíblia, a história de Jesus é tão linda, tão real, basta você fazer uma comparação daqueles que acreditam em tudo isso e verás a diferença, os que acreditam e seguem não conseguem fazer o mal mesmo àqueles que os perseguem, possuem aquilo que é o mais importante não só aqui na terra mas em todo o universo, o amor, o maior mandamento das leis sagradas. Agora é o contrário aqueles que ignoram tudo isso, poderão fazer muito mal a todos, porque nada os impedem, mesmo dizendo que amam, não conseguem ser duradouro.
Pronto, a mãe fez o seu discurso detalhado, digno do ser mulher e verdadeira mãe.
O pai, o ser taxativo, direto disse:
--- Vou falar com este professor, falando merdas para as crianças.
Qualquer semelhança com o citado acima é mera coincidência, mas acredite caro leitor, se estiver lendo até aqui, a história repete sempre porque o ser humano está envolto em suas histórias incríveis, bilhões de seres emaranhados nesse viver misterioso.
Tirando as conclusões (pelo menos as minhas) dá para entrar em atritos com este professor, não aqueles procedimentos de pegar no tapa, falar poucas e boas para esta mente talvez bem culta mas conceitos bastante nocivos para principalmente as mentes em pura evolução.
Com que direito ele tem de expor abertamente a inutilidade de crer nas coisas espirituais, conforme a mente ele pode arrancar completamente a crença nas coisas do alto. De acordo com essa história, a mãe sentiu o estrago que poderia acontecer na mente de seu filho, o pai também revoltou e a revolução podia se generalizar.
Mas voltando ao meu ponto de vista, tento remediar (mania do ser humano este ser facultativo) por exemplo: este professor incrédulo não é o maior estrago, (bem o leitor pode estar de acordo ou não) o maior estrago pode estar principalmente nas religiões, (vejam bem eu disse pode estar, não disse que está nas religiões) até no nosso cristianismo, católicos, protestantes, espíritas chegam a digladiar, tal o querer ter o monopólio do sobrenatural.
Eu calculo que você ou alguém pode estar pensando assim:
-- Mas afinal o que esse cara é, falou, quer dizer: escreveu, escreveu, o que ele professa?
Bem, vou dizer:
--- Me sinto mal quando vejo reportagem de alguns fanáticos quebrarem imagens da Virgem ou de outros santos em alguma igreja, sinto mal quando vejo meter o pau sem motivo algum em qualquer religião, sinto mal quando entro numa igreja qualquer e o celebrante diz:
--- A verdade está aqui!...
Novamente você pode estar me taxando assim:
--- Ah! Então você é ecumênico!
--- Não sou porque para ser ecumênico eu teria que seguir uma religião qualquer e apoiar as outras e eu apesar de puxar um pouco para o catolicismo mas não sigo.
Novamente a interpelação:
--- Então você está em cima do muro!!!...
--- Será? Mas a perspectiva pode ser melhor!