CABEÇA OCA

Sentado num banco surrado de um ônibus pensava em um turbilhão de coisas. Pensava ele que seu talento fosse uma fraude. E era, sim. Naquele sobe e desce de passantes, no vai e vem de corpos, no parar, seguir e passar das estações logo veio a cabeça que nada era ou ocorria como sonhara. De repente em sua cabeça viajante fervilhava uma série de sonhos frustrados.