Casos do Picolé – As Chaves, coisas da idade...
Um dia fui à padaria de Dna. Cotinha, buscar um bolo gelado , pasteizinhos, ingredientes para sanduiches e pães, era o aniversário de nossa neta Majú.
O calor do meio do dia estava insuportável.
A fila do caixa estava enorme, tinha umas quinze pessoas na minha frente.
Por sorte uma das moças me viu, e sabendo que o bolo gelado não iria aguentar muito tempo fora da geladeira, me chamou.
Lá fui eu, meio constrangido, furando a fila, na frente de toda aquela gente. Chegando no balcão, a moça me deu o bolo, o saco de pão, os ingredientes para os sanduiches, e os pasteis, peguei tudo aquilo nas mãos e saí meio apressado em direção ao carro pois o calor tava de amargar.
O carro estava estacionado do outro lado da rua. Chegando lá , com as mãos ocupadas, comecei a procurar as chaves nos bolsos. Coloquei algumas coisas em cima do carro e procura num bolso, procura no outro e nada. Meio desesperado com aquele bolo, voltei a padaria olhando para o chão, talvez tivesse perdido no caminho. Não achei.
Cheguei na padaria, perguntei se alguem tinha visto as chaves.
Ninguem!
Me abaixei com sacrifício ,olhei de baixo do balcão, nada.
Já ia ligar para casa para trazerem as outras chaves porque o tal bolo já estava derretendo quando mexendo nos pacotes escutei um tilintar de chaves.
Na pressa coloquei dentro do saco de pães...
Luiz A. Piccoli.