Coruja, sempre prudente.

Recém chegada à via Láctea com uma importante missão.

Dona coruja queria escolher um domicilio na terra.

Sua inteligência a levou para o maior e atual banco de dados.

A árvore dos meios de comunicação.

Na primeira pesquisa levou um susto: havia paises capazes de comer criancinhas.

No outro; seus moradores calculistas demais; totalmente desumanos.

Em algumas regiões a cultura era tão atrasada que as mulheres viviam em cavernas.

E só viam a luz do sol, acompanhadas por fortes guerreiros; os homens.

Havia aqueles que se matavam pela posse das mulheres.

Era um banco de dados milenar. Portanto confiável.

Mas com informações tão assustadoras ficava impossível tomar uma decisão.

Era a primeira vez que visitava esta dimensão do universo.

Possuía outra cultura; sentia-se, literalmente – uma extra- terrestre!

Descobriu o sentido da palavra guerra, causa maior de tantas raízes mortíferas.

Fonte de discórdias, rancores, posses ou vinganças...

Especialista em leitura dinâmica; pesquisou algo em torno de cinco mil anos de história.

Boa em interpretação fez logo uma síntese das ações. Poder, propriedade, dinheiro e paixões. Todas as civilizações viviam em torno destes motivos.

E para atingir tais metas, as civilizações repetiam as mesmas estratégias: traições, corrupção, inveja e ciúmes...

Não conseguindo entender como ainda existiam metas tão pré-históricas. Desistiu de entender as informações tão, claras, inclusive para os habitantes da terra.

Pensou, se eles sabem e nada fazem. Deve ser bom para todos...

Bateu asas de volta ao espaço sem fim?!

E, não entendendo o volumoso mapa cultural e histórico do planeta.

Gravou o que achava importante em um Pen Drive de um byte e entregou para seus superiores.

Assim se livrou de explicar o fracasso da missão. E foi dormir pensando – até que seria bom morar naquele planeta. Lá existem tantas coisas boas.

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 04/06/2007
Reeditado em 05/06/2007
Código do texto: T513168