DEDOS DE ANJO
Nos sábados à noite, ouvia-se ao longe, o som de um dedilhar sereno, fazendo com que o brabo se acalme e a criança para de chorar, nos longos minutos, os que estavam a ouvir a música, se sentiam nas nuvens, esqueciam de tudo durante aqueles minutos, não havia nada com o que se preocupar, pois parecia que estavam no paraíso.
Era magnífico, como se fosse dedilhado por um anjo, o qual fazia com que do violão saísse palavras, consoladoras, animadoras e amorosas, que tocavam lá no fundo do coração.
Todo aquele que ouvia aquela melodia, jamais esquecida o quão agradável foi. Ninguém sabia quem estava a tocar, e qualquer um que espiasse, o que veria, seria a sombra de alguém ao longe, quem era não se sabe, mas de certo era alguém, que queria ajudar a todos de uma maneira diferente, consolando-as. Alguns diziam que somente aquela que tocasse seu coração, fazendo com que ele se apaixonasse, conheceria quem verdadeiramente era.
E quando o som que embalava a todos parava de sair do violão, a única promessa era, de que sábado que vem, pudessem ouvi-lo tocar novamente.