A Goiabeira do Cemitério
Ditinho já estava com vinte e cinco anos... Trabalhava em uma madeireira na cidade de São Paulo, e naquele sábado de inverno seguiu para Pinda a fim de visitar Monsenhor Marcondes que se recuperava de uma infecção...
Visitar Pinda sempre arrancou lágrimas, as saudades dos amigos, das brincadeiras, da infância...
Chegando ao Hospital, Ditinho seguiu para o quarto onde se recuperava o velho amigo e confessor... Ditinho entrou em silêncio, pois o Padre parecia dormir, mas como era de costume, o cuidado de Ditinho foi tanto que sem querer esbarrou em uma cadeira, que caiu fazendo um barulho realmente despertador...
Apreensivo o Monsenhor abriu os olhos que expressavam um grande susto, ficou sério e ao identificar que a visita era seu velho amigo, abriu um sorriso enorme e falou:
- Esse é o Ditinho, eu estava com saudades!
Abraços e Bênçãos, o Monsenhor silenciou alguns segundos, sentou se na cama e disse entre uma gargalhada!
- Ditinho eu vou te contar um acontecido que você nem deve imaginar, foi há muito tempo, mas eu jamais esqueci!
- Certo dia me chega na sacristia o “ Seo” Laurinho gritando...
- Padre, Padre vem comigo, o demônio tá dividindo as almas com Deus lá no cemitério! E eu segui aquele famoso beberão.
-Nossa Padre, que loucura. Falou curioso Ditinho
E continua o Padre
- Lembra que no cemitério tinha aquela goiabeira?
- Claro que lembro, comemos muita goiaba da boa lá!
-Então, na hora que chegamos lá, eu bem percebi que havia duas goiabas do lado de fora do muro, incrível, eu escutei vozes do lado de dentro como o Laurinho tinha dito... contavam, uma pra mim, uma procê... Imagine! Divisão de almas, que situação, foi tudo muito rápido, o susto, a correria, o cemitério, as vozes, a divisão... Uma pra mim, outra procê... E deu a conta certinha... De repente parou a contagem durante alguns segundos. Mas o espanto veio dai! Em alto e bom som escutamos! Agora só faltam as duas lá de fora e vai dar a conta certinha! Laurindo arregalou os olhos me apanhou pelo cíngulo e correu, acabei apavorado pelo pavor do beberão e corri com ele até o altar da nossa Velha Matriz... Logo que acalmei lembrei-me das vozes tão comuns pela sacristia aos domingos... Eram vocês! Até hoje não sei como escalavam aqueles muros...
- Nossa Padre, que situação Mister foi essa heim!
- É Ditinho, mais tarde e sempre que recordo-me não me não contenho e me pego rindo a toa. Penso... o Ditinho apronta até sem saber!
Ditinho ouvia o causo com um sorriso coberto de saudosas lágrimas...
- Sabe Ditinho, se tem alguém nessa vida que me fez e faz sorrir, esse alguém é você, um pedaço de Deus entre nós.
- Amem!
Ditinho já estava com vinte e cinco anos... Trabalhava em uma madeireira na cidade de São Paulo, e naquele sábado de inverno seguiu para Pinda a fim de visitar Monsenhor Marcondes que se recuperava de uma infecção...
Visitar Pinda sempre arrancou lágrimas, as saudades dos amigos, das brincadeiras, da infância...
Chegando ao Hospital, Ditinho seguiu para o quarto onde se recuperava o velho amigo e confessor... Ditinho entrou em silêncio, pois o Padre parecia dormir, mas como era de costume, o cuidado de Ditinho foi tanto que sem querer esbarrou em uma cadeira, que caiu fazendo um barulho realmente despertador...
Apreensivo o Monsenhor abriu os olhos que expressavam um grande susto, ficou sério e ao identificar que a visita era seu velho amigo, abriu um sorriso enorme e falou:
- Esse é o Ditinho, eu estava com saudades!
Abraços e Bênçãos, o Monsenhor silenciou alguns segundos, sentou se na cama e disse entre uma gargalhada!
- Ditinho eu vou te contar um acontecido que você nem deve imaginar, foi há muito tempo, mas eu jamais esqueci!
- Certo dia me chega na sacristia o “ Seo” Laurinho gritando...
- Padre, Padre vem comigo, o demônio tá dividindo as almas com Deus lá no cemitério! E eu segui aquele famoso beberão.
-Nossa Padre, que loucura. Falou curioso Ditinho
E continua o Padre
- Lembra que no cemitério tinha aquela goiabeira?
- Claro que lembro, comemos muita goiaba da boa lá!
-Então, na hora que chegamos lá, eu bem percebi que havia duas goiabas do lado de fora do muro, incrível, eu escutei vozes do lado de dentro como o Laurinho tinha dito... contavam, uma pra mim, uma procê... Imagine! Divisão de almas, que situação, foi tudo muito rápido, o susto, a correria, o cemitério, as vozes, a divisão... Uma pra mim, outra procê... E deu a conta certinha... De repente parou a contagem durante alguns segundos. Mas o espanto veio dai! Em alto e bom som escutamos! Agora só faltam as duas lá de fora e vai dar a conta certinha! Laurindo arregalou os olhos me apanhou pelo cíngulo e correu, acabei apavorado pelo pavor do beberão e corri com ele até o altar da nossa Velha Matriz... Logo que acalmei lembrei-me das vozes tão comuns pela sacristia aos domingos... Eram vocês! Até hoje não sei como escalavam aqueles muros...
- Nossa Padre, que situação Mister foi essa heim!
- É Ditinho, mais tarde e sempre que recordo-me não me não contenho e me pego rindo a toa. Penso... o Ditinho apronta até sem saber!
Ditinho ouvia o causo com um sorriso coberto de saudosas lágrimas...
- Sabe Ditinho, se tem alguém nessa vida que me fez e faz sorrir, esse alguém é você, um pedaço de Deus entre nós.
- Amem!