Memórias de alguém
E aquela lembrança me vem, para alguns pode parecer simples, mas que para mim vem trazer um intenso sentimento de nostalgia: Sentadas numa varandinha de frente de rua, na casa da vó e do vô. Tínhamos nos reencontrado a pouquíssimo tempo, agora eu um pouco mais velha, tive noção da nossa separação. Minha irmã mais velha e eu, nos reconhecendo, eu, uma criança, ela, uma adolescente. E depois de um desentendimentozinho natural entre irmãs, lembro-me da vó nos dizendo: “Mas que bobagem, acabaram de se encontrar e já estão brigando!” E assim, voltávamos a brincar, de boneca, de montar casinha, de abri o portãozinho de madeira que dava acesso ao quintal e rolar naquela grama que só fazia pinicar, mas que nós adorávamos. Mas bom mesmo era descer para o quintal e ficar dançando funk, daqueles bons mesmo, que não se fazem hoje em dia, ou então dublar a Kelly Key, meu Deus! – Baba Baby- Se eu não tivesse vivido tudo isso, não acreditaria. Hoje isso já não existe, as crianças não passam mais por essa fase. Pois então agradeço, por tudo isso que pude viver, pela oportunidade de ter essas memórias que os anos não apagam, por ter sido como foi, e principalmente, por ter sido você a protagonista dessa história. Irmã é pra essas coisas (pra vida, pra ida e pra vinda- de boas memórias).