O SERVO ESPERTO

Versão dum Conto Popular

 

Um rei, famoso por sua maldade, descobrira que entre os servos que acabara de comprar havia um que era mudo, portanto inútil para servi-lo. Resolveu, então, condenar o jovem servo à morte, por tê-lo enganado. Depois de acusá-lo, falsamente, de traição, anunciou diante de seus súditos, que daria ao condenado, como prova de sua bondade, uma última chance de continuar vivo.

Colocou diante dele dois pequenos pedaços de papel dobrado e disse ao povo que em um deles estava escrito a palavra “vida” e, no outro, a palavra “morte”. O servo deveria escolher um deles e, assim, sua sorte estaria lançada.

Ao jovem, o rei disse em voz baixa que, na verdade, ele não teria chance alguma, pois ambos os papéis tinham a inscrição morte e que o papel escolhido seria apresentado diante do povo, ao passo que o outro seria destruído. O servo, então, pegou um dos papéis e o ergueu para que a multidão percebesse que ele escolhera um dos papéis. Em seguida, engoliu o papel, forçando dessa maneira o rei a mostrar o que estava escrito no outro.

Assim, a multidão julgou que o jovem havia escolhido o que estava escrito "vida" e por isso deveria ser libertado imediatamente. Ao rei não coube alternativa senão libertá-lo. ®Sérgio.

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Para evitar mal-entendidos, esclareço que este «causo» faz parte da tradição oral e me foi contado numa roda de prosa. 
• Agradeço a leitura do texto e, antecipadamente, qualquer comentário.

• Se você encontrar erros (inclusive de português), por favor, me informe.

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 02/06/2007
Reeditado em 15/07/2008
Código do texto: T510554