O SERVO ESPERTO
Versão dum Conto Popular
Um rei, famoso por sua maldade, descobrira que entre os servos que acabara de comprar havia um que era mudo, portanto inútil para servi-lo. Resolveu, então, condenar o jovem servo à morte, por tê-lo enganado. Depois de acusá-lo, falsamente, de traição, anunciou diante de seus súditos, que daria ao condenado, como prova de sua bondade, uma última chance de continuar vivo.
Colocou diante dele dois pequenos pedaços de papel dobrado e disse ao povo que em um deles estava escrito a palavra “vida” e, no outro, a palavra “morte”. O servo deveria escolher um deles e, assim, sua sorte estaria lançada.
Ao jovem, o rei disse em voz baixa que, na verdade, ele não teria chance alguma, pois ambos os papéis tinham a inscrição morte e que o papel escolhido seria apresentado diante do povo, ao passo que o outro seria destruído. O servo, então, pegou um dos papéis e o ergueu para que a multidão percebesse que ele escolhera um dos papéis. Em seguida, engoliu o papel, forçando dessa maneira o rei a mostrar o que estava escrito no outro.
Assim, a multidão julgou que o jovem havia escolhido o que estava escrito "vida" e por isso deveria ser libertado imediatamente. Ao rei não coube alternativa senão libertá-lo. ®Sérgio.
_________________________________________________________________
• Para evitar mal-entendidos, esclareço que este «causo» faz parte da tradição oral e me foi contado numa roda de prosa.
• Agradeço a leitura do texto e, antecipadamente, qualquer comentário.
• Se você encontrar erros (inclusive de português), por favor, me informe.