UM PEIXE MORDEU MINHA MÃE
Num certo domingo de inverno, estávamos eu, meu irmão mais velho, meu pai e minha mãe, em um pesque-pague.
Passadas mais ou menos duas horas de tentativas, meu irmão mais velho e meu pai já haviam conseguido pescar cada um, dois peixes. Eu e minha mãe estávamos ainda na expectativa da alegria da fisgada fatal.
De repente minha mãe entrou em polvorosa: havia fisgado um peixe e, pela envergadura da vara, seria um dos grandes.
Depois de muito alvoroço e gritaria, minha mãe conseguiu segurar o peixe com uma das mãos, enquanto tentava prender a vara entre a cabeça inclinada e o ombro esquerdo.
Inesperadamente minha mãe soltou um berro, seguido de ai, ai, ai. O peixe mordeu o dedo dela e não queria soltar. Ao mesmo tempo em que mordia o dedo indicador da minha mãe, o peixe começou a se debater e ela, desnorteada, caiu juntamente com o pescado dentro do lago.
Depois de muito custo, conseguimos resgatá-la e, refeitos do susto, caímos na gargalhada.