A PRIMA QUE VIROU MÃE
Voltávamos de Sete Lagoas para Belo Horizonte, eu, minha mãe e uma tia, prima de minha mãe, quando decidimos parar para comprar doces em um lugar denominado “Pé da vaca”.
Minha mãe é apenas três meses e meio mais velha que a minha tia.
Ao passar pelo porteiro, ele me entregou uma cartelinha (daquelas para anotações das aquisições).
Quando minha mãe passou, ele entregou a ela também uma cartelinha.
Em seguida veio a minha tia e solicitou ao porteiro uma cartelinha para ela, quando ele disse: “A senhora não precisa não. Já entreguei uma cartela para a sua mãe”.
Foi uma gargalhada só. A minha mãe é apenas três meses e meio mais velha que a prima dela.
Não precisa dizer que a minha mãe detestou a falta de discernimento do porteiro e ficou furiosa.
De tanta gozação que fizemos ela à vezes tinha que sorrir meio sem graça, mas estava morrendo de raiva pelo constrangimento que teve que passar.
Até hoje, quando nos lembramos do fato, não conseguimos conter a gargalhada.