CONCURSO PARA CONTADOR DE CAUSOS
Estava sendo realizado um concurso para premiar quem, o melhor causo soubesse contar.
Procurei nas minhas lembranças, alguma história do passado, pois do concurso queria participar.
Foi então, que me inscrevi, e logo ouvi por meu nome chamar.
Era a minha vez e chance, de um bom causo poder contar.
Comecei dizendo: Porém, não antes de sentir uma vermelhidão de calor no rosto.
A história sumiu, deu branco na minha mente.
Mas antes que percebessem dei um jeito de começar a falar.
E disse: Gente, Ô minha gente!
Não foi ontem e nem hoje, que se passou a história que vou contar.
Foi um causo de outrora, que já vou lhes informar.
Todos estavam atentos, pois do meu causo queriam se inteirar.
Não era um, dois e nem mesmo três. Não... não era.
Era cada um, de uma vez, ou não era nenhum.
Se digo que foi ontem, já estou mentindo.
Mas se resolvo contar que foi hoje, certamente que não foi.
Então amanhã?
Nesse dia então, fora de cogitação.
Paro de falar, tentando lembrar, por o pensamento em ordem, numa rápida reflexão. Pronto!
Pensamento organizado, atenção, que o causo vou relatar.
Mas tenho certeza de que:
Não foi ontem, e nem hoje, que se passou a história que vou contar.
Mas certamente que foi num desses dias.
Caio na gargalhada, todos me olham sem entender nada.
Ajeito-me na cadeira da sala, onde mais pessoas estão sentadas.
Fico séria, tão séria e começo a falar.
Não foi ontem e nem hoje, que se passou a história que vou contar.
Mas logo soa o sinal, encerrando o tempo para a minha participação no concurso.
Agradeço, peço desculpas e sorrindo me despeço, dizendo:
Agora sim tenho certeza.
Não foi ontem e nem hoje, que se passou a história que eu ia contar. (...rsrsrs...)
14/04/2009
Sonia Barbosa Baptista
10/11/2014 (Repostagem)