O TROTE AOS CALOUROS

Conhecemos o costumeiro trote aplicado pelos veteranos aos calouros de uma universidade. Algumas vezes são até violentos.
Na Academia Militar de Agulhas Negras, o trote aos novos alunos é uma tradição. Nunca é violento, mas algumas vezes contém boa dose de humor e até algum constrangimento.


Quando o cadete Pedro Paulo, de Pernambuco, chegou à Academia, foi saudado pelos veteranos e depois de muitas brincadeiras e risadas, eles lhe disseram que a partir daquele dia, o chamariam de PP. O cadete, então, ingênuamente, perguntou:
Pedro Paulo? Não! Disseram. "Puta Pariu!"


Outro cadete, o goiano Jacir, ao receber o uniforme, o coturno e demais componentes da farda, faltou-lhe o bibico, um pequeno quepe com duas pontas. Quando foi reclamar que não havia recebido aquele ítem, falou cândidamente:
Não recebi a toquinha. Foi uma gozação só, e é claro que a partir daí ficou conhecido como "Toquinha."


O José Augusto, do Ceará, era um garoto bastante tímido e muito educado. A ele perguntaram qual era o palavrão mais feio que conhecia. Ele, encabulado e com o rosto muito vermelho, falou: Meleca!
A risada foi geral e "Meleca" ficou sendo sua alcunha até deixar a Academia.


Meu marido, o Celso, de São Paulo, teve mais sorte. Resolveu retirar uma pipa que ficara enroscada em um pequeno poste no pátio de instrução e ordem unida. Quando estava no alto, alguém gritou:
"Sai daí catavento!" Os veteranos gostaram do nome e ele passou a ser o "Catavento" que, convenhamos, é um apelido bem inofensivo...
Aloysia
Enviado por Aloysia em 05/11/2014
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T5024701
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