OLHA O PASSARINHO!
Conforme havíamos programado, na tarde do sábado 07/12/2013, realizamos uma confraternização envolvendo o pessoal da equipe da gerência da qual faço parte.
Para que houvesse uma referência definimos que o horário de início seria a partir das 12 horas, embora não houvesse qualquer restrição à chegada antecipada.
Passados poucos minutos das 11 horas o interfone tocou. Ao verificar pelo monitor de TV, constatei tratar-se do primeiro convidado.
Portão aberto e surge contemplativo, o primeiro conviva, trazendo consigo o baixo com o qual faria dupla com outro colega em uma performance musical.
Papo vai papo vem uma cervejinha aqui, outra ali, acompanhada de tira-gosto de churrasco e muita movimentação nos bastidores.
Os ponteiros do relógio seguiam os seus ciclos, indiferentes às minhas urgências e expectativas.
Chega o primeiro casal e o ambiente começa a tomar contexto. Não demora muito e chega o segundo casal, ambos, os casais, de pessoas muito simpáticas.
Como eu era o anfitrião e tinha muitas atividades atrasadas a realizar, aceitei as prestimosas ajudas dos dois casais voluntariosos.
Como é natural nessas circunstâncias, enquanto cumpríamos cada qual as suas atividades, confabulávamos alegres e descontraidamente.
Chegou mais uma participante e aos poucos os demais foram se juntando a nós, dentre eles o nosso chefe, sua esposa e suas crianças: dois meninos e uma menina.
Todos os que chegavam transpareciam boas expectativas, simpatia e disposição para um bom convívio.
O sistema era self-service e cada um se servia das comidas e bebidas, conforme a sua vontade.
Por volta das 16 horas, como já me havia adiantado, o chefe me comunicou a sua necessidade de se retirar. Sobremesa servida e, como não poderia deixar de ser, preparamo-nos para tirar a foto de registro.
Para possibilitar o enquadramento de todos no campo de visão da máquina alguns subiram em um patamar de madeira, quando uma colega que, como se diz na gíria, “estava prá lá de Bagdá”, declarou: — “Os cornos ficam em cima.” Numa reação imediata todos desceram, dentre eles o nosso chefe.
Muitas gargalhadas e gozações se seguiram às desconcertantes palavras da colega, que instantaneamente passou à coloração de um tomate maduro e não sabia o que fazer para minimizar os efeitos de sua fala.
Alguém teria que estar em um plano mais alto ou a foto ficaria prejudicada. Percebendo isso tomei a iniciativa de subir, no que fui seguido por outros, inclusive pelo chefe, que agora já não se importava com a injusta classificação.
Aperta daqui, aperta dali e pronto. — Olha o passarinho! Isso. Agora mais uma para garantir. Pera ai gente, só mais uma foto com esse celular. Beleezaa!
Seguiram-se as despedidas dos que partiam e tudo voltou à “normalidade”.