= Qué café? =

Era a primeira vez que meu amigo “Frango” passara o final de semana conosco na chácara em Joanópolis.

Quando vínhamos embora, como de costume paramos numa venda ainda na área rural.

Ali costumávamos comprar queijos, doces caseiros, ovos caipira e outros produtos da região.

Ali também tomávamos a cerveja saideira, pra passar a régua, ou fechar a conta, como dizíamos.

“Frango” de costas para o balcão, com um copo de cerveja na mão ouve uma voz:

- Qué café?

Educadamente, sem se virar, “Frango” responde:

- Não, muito obrigado.

E comenta baixinho comigo:

- Cara mais sem noção, meo. Oferecendo café. Será que não está vendo que estamos tomando cerveja?

Eu rindo digo a ele:

- Olhe para trás. Veja quem te ofereceu café, seu nó cego.

Só então ele se vira e vê, passeando todo faceiro por uma prateleira, um papagaio.

Que olha pra ele e repete:

- Qué café?

Nem é necessário, acho, contar o desenrolar da história.

Resumindo: Muitas risadas e anos e anos de gozação com meu amigo “Frango”.

Até hoje, volta e meia ele ouve:

- "Frango", qué café?

p.s. O apelido do "Frango" é Reginaldo. rs

= Roberto Coradini {bp} =

18//09//2014