= Radiofônicas =

Fazem parte do folclore radiofônico de Jundiaí, SP, cidade onde moro desde 1968.

Existem muitas outras, mas só vou contar algumas que testemunhei.

Por enquanto. rsrs

...

Durante um jogo do Paulista, no Estádio Jayme Cintra, o locutor pergunta ao repórter de campo, tentando esclarecer um lance duvidoso:

- O que houve aí, Cobrinha?

Cobrinha pego de surpresa com a pergunta, pois não prestara atenção no lance, responde de primeira:

- Aqui ouve a Rádio Difusora, Hélio!

...

Num outro jogo, no mesmo Jayme Cintra, Hélio narra a partida.

Acontece uma jogada movimentada, confusa, com chutes pra lá, pra cá, batidas e rebatidas, uma, duas defesas milagrosas do goleiro, até que chega um zagueiro e dá um chutão, afastando o perigo, mandando a bola quase que pra fora do estádio...

Hélio quase sem fôlego termina a narração da jogada com um enfático:

- Foi o maior cu de boi na área do Paulista, minha gente!

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Todos os anos tinha um Campeonato Interno de Futebol disputadíssimo na empresa em que eu trabalhava.

Rolava a maior rivalidade entre os setores.

Naquele ano chegaram às finais, Montagem Grande e Caldeiraria A. Os dois melhores times, mais vezes campeões e maiores rivais.

Guardadas as proporções, um Palmeiras x Corinthians.

A final foi no Jayme Cintra, estádio do Paulista e lá estavam para transmitir o jogo, Hélio e seu fiel escudeiro Cobrinha.

E Hélio pergunta:

- Como jogam os times, Cobrinha?

E Cobrinha responde:

- Olha Hélio, eu não sei se são times. Isso aqui está mais pra zoológico...

E não era para menos. Nos times, geralmente chamados por apelidos, jogavam: Pinguim, Jabuti, Carneiro, Camelo, Jeguinho, Preá, Ratão, Jacaré, Quati, Caninana, Leitão, Cavalo, Zebrinha, etc.

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Z. e S. trabalham na empresa e aos domingos disputam o campeonato amador da cidade.

Z. é uma pessoa simples, caipirão, fala tudo errado.

Risadas garantidas com as “pérolas” que solta.

Tipo: “Minha vida mudou tanto. Deu uma guinada de 360º”,

Entre muitas outras.

A cada rodada do campeonato um jogo é transmitido.

S. é muito gozador e amigo do Cobrinha, o repórter.

S. diz pro Cobrinha que Z. adora dar entrevistas.

E adora mesmo. Se sente a "estrela".

Na volta para o segundo tempo de um jogo, com o Águia Negra, time do Z. vencendo por 1X0, Cobrinha entrevista o Z. e pergunta:

- E agora Z., com seu time vencendo por 1X0, qual a estratégia?

E Z. responde:

- Ah meo, agora num tem muito o que pensá. É bola no “calipiá”!

Nota: O “calipiá” a que Z. se refere são eucaliptos que ficam próximos ao campo.

Uma versão by Z. do famoso jargão futebolístico: “Bola pro mato que o jogo é de campeonato”.

= Roberto Coradini {bp} =

30//08//2014