Jogava pelada
Era na rua, na calçada.
No campinho todo sábado
Juntavam-se todos lá em casa.
O Beto, o Carlão, o Julinho, Zé Hercílio, o Adilson, o Fiote (João).
Pegávamos a moringa d’água, pra matar a sede.
Que delicia, ficava a água, geladinha.
Deixávamos na sombra das árvores, e quando acabava, pedia na vizinha.
Para a bola de capotão fazíamos vaquinha.
Quando conseguimos uma grana legal, deu pra comprar a oficial.
Era bom aquele tempo.
Quanto tempo passou.
O Beto virou dentista e professor, o Carlão coletor, O Julinho e o Zé Hercílio nem sei por onde andam, o Adilson acho que bombeiro, pelo menos seus irmãos todos são, o João esse virou empresário (ferro velho dos grandes).
Acho que uns quarenta anos se passaram, mas ficou a saudade, saudade de um tempo de magia.
Que brincava todo dia.
De conversas todas as noites, de contar piada, de dar muita risada.
Foi se um tempo bom, maravilhoso, esses dias andei me lembrando.
Eita coisa boa, nossa infância.
Belo tempo de criança
Que ficou só na lembrança
Lembrança de um tempo bom