Corre Rosinha!!!
Tinha eu, 16 anos quando vivi em São Mateus, no norte do Espírito Santo. Lá convivi com pessoas maravilhosas de quem não posso esquecer. Minha tia Neide, Irmã mais nova de minha mãe, chegou um dia da roça, a rir bastante. Ela contou-me o causo que agora descrevo a vocês.
"Ela e a cunhada, a quem chamo de Tia Rosinha, por ser tia dos meus primos, estavam vindo da roça e passaram por um pasto cercado com arame farpado, que tinha cada cerca pelo menos uns doze arames, ficando entre eles um espaço de aproximadamente uns quinze centímetros. Isto dava pelo menos uma cerca de 1,80 metros de altura. O pasto era de mais ou menos duzentos metros de largura e onde não havia cerca, estava as margens do rio Cricaré (Um porto muito fundo usado para aportar canoas). Nenhuma das duas sabia nadar.
Tia Rosinha era bem larga (gorda literalmente) e andava com muita dificuldade devido alguns reumatismos adquiridos pela vida.
Avisada por Tia Rosinha de que naquele pasto havia uma vaca de cria nova, tia Neide ficou alerta, pois esses animais quando cismam de que há algum perigo para o bezerro, atacam sem piedade, podendo até matar.
Estavam no meio do pasto, quando tia Neide viu a vaca correndo em sua direção. Em questão de minutos, começou a gritar, preocupada com a cunhada: Coooorreee Rosinha. E saiu correndo. Porém não conseguia avistar a cunhada. Quando chegou na cerca, qual não foi sua surpresa, quando do outro lado da cerca, Rosinha ria a valer, sem entender como foi foi parar do outro lado. Ria e perguntava: Como eu pulei? Até hoje, ninguém sabe. O fato é que a vaca não conseguiu pegar nenhuma das duas".