BEZETACIL
Com uma crise aguda de gota, comecei a tomar antiinflamatórios e inibidores enzimáticos, mas como a crise a era muito seria, apareceram outros problemas secundários. Um deles, deveria ser tratado com antibióticos. O medico receitou a tal de “BEZETACIL”.
Manquitolando com o pé esquerdo, doía pra mais de metro, fui procurar uma farmácia que pudesse aviar a receita, depois de muita procura, encontrei a tal “injeção”, que doía mais que a mordida do capeta. O Farmacêutico após a anamnese, constatou que por ser minha primeira experiência com este medicamento, ela só poderia ser ministrada no hospital com um medico de plantão, para o caso de ocorrer uma reação.
Pelo feriado de carnaval, depois de muito perambular, fui atendido em um hospital particular, após preencher a ficha, pagar pelo serviço, me dirigi a uma sala e fiquei alguns minutos esperando pelo pior.
Não sei o que doía mais, a gota ou a espera ansiosa pela picada maldita, foram momentos de muita angustia, pensando sobre as desgraças que poderiam advir de tal procedimento. No momento em que pensava na hipótese de amputar minha perna esquerda, entra na sala uma enfermeira... Sem acreditar no que via, bela, jovem, simpática, sorridente, muito pequenina, pensei como ela iria fazer para me dominar.
Imaginei uma ampola de aproximadamente 10 Litros de BEZETACIL com uma agulha de 30 Centímetros de comprimento... Olho dentro da bandeja e vejo uma seringa de 10 Centímetros, do embolo ate a ponta da agulha pensei: “Como uma miniatura dessas pode doer tanto?”.
- Isto deve ser o anestésico da injeção, falei para enfermeira que apenas sorriu.
Pensei comigo “agora fudeu, pequenininha, lindinha, delicadinha e sádica, vai sorrir, rir, gargalhar de meu penar” escutei uma linda e maviosa voz...
- Fique tranqüilo, os tempos mudaram, vai doer pouco...
Pensei “sacana, tentando me tranqüilizar para aumentar seus momentos de prazer, Marquesa de Sade, Calígula”.
- Encoste na maca, relaxe todo o corpo, retire sua bermuda.
Me aproximei da maca, abaixei a bermuda, ficando com a bunda toda, à disposição dela...
- Coloque as mãos na maca, incline o corpo... Assim... Abra um pouco as pernas... Assim... Relaxe...
“Vai me dar uma injeção ou me enrabar?” A duvida era grande, mas eu sabia que para ser enrabado teria que ser outra pessoa, apesar de que, se fosse ela, acho ate que me renderia aos encantos.
Sinto uma mão pequena, delicada e macia acariciando meu glúteo direito, meu lordo assustado, piscou, retesando todos os músculos, inclusive o que movimenta a falange do dedinho do pé esquerdo.
- O senhor precisa relaxar, não posso aplicar com sua bunda dura desse tanto.
- Vamos tentar novamente...
Sinto algo macio, gelado e nova piscada do medroso lordo, começo a pensar na Dilma, nos seis cavaleiros do apocalipse do STF, minha bunda enfim amolece e começo a sentir um fio de prazer, começando a pensar em uma fantasia erótica, acompanhada de uma lenta ereção... Puta que o pariu, como dói esta merda, esqueci a fantasia e o volvo voltou a se esconder.
- Viu? Não doeu nada...
- Claro que não, foi na minha bunda, não foi na tua...
Aquele sorriso não me sai da cabeça.